Monday, March 18, 2024

Mean Girls

 Na comemoração de vinte anos do lançamento de uma das comedias de adolescente mais marcantes dos ultimos anos, eis que surge uma reidição, depois do musical da Broadway que junta precisamente a historia de base ao trabalho artistico ja feito. O filme liga alguns dos apontamentos do filme original com a inovação tecnologica para esta roupagem atual. Criticamente ficou algo longe do filme de base e comercialmente, com a aposta de inicio de ano o resultado foi interessante mas longe do filme de base.

Para pessoas como eu que sinceramente nao perceberam o sucesso que se tornou Mean Girls e dificil gostar desta nova roupagem que tras a mesma historia, numa versão musical pop, com muita tecnologia mas que basicamente e muito fogo de artificio para um filme comum. Pode funcionar humoristicamente momentos isolados mas fica a ideia que perde na base para o filme original, e que a musicalidade apenas serve para atualizar a historia.

Um dos pontos em que o filme perde em toda a linha e na escolha central, parece obvio que Rice nunca poderia ser a miuda famosa, nem as outras escolhas encaixam bem naquilo que cada personagem necessita. O filme tem a base de sempre, o patilho feio que se torna popular, e o contrario, numa tentativa de moratoria que acaba por ser a base de muitos outros filmes, sendo apenas a cultura pop do primeiro filme que da ao filme um estatuto diferenciado.

A historia e a conhecida uma jovem da provincia chega uma nova escola onde tenta fazer novos amigos e percebe que existe um grupo de raparigas da moda que domina a escola, sendo o seu objetivo por em causa a rainha da escola e todas as suas maldades, ate que tudo muda de posiçao.

O argumento da historia e a base de muitos filmes de adolescentes, aqui em versão musical mas com a mesma historia do filme de base. Em termos de novidade quase nada de diferente, apenas uns elementos tecnologicos de resto o que ja conhecimentos.

Na realizaçao  o projeto foi entregue a uma dupla que vem da musica e principalmente de trabalhos mediaticos de revista com pouca experiencia em termos de setima arte. O filme e colorido, pop, movimentado mas pouco artistico. Uma tarefa que cumpre os objetivos e pouco mais.

Na escolha dos protagonistas surge o que pior funciona relativamente ao filme de base, Rice tem dificuldade no lado mais perfido da personagem e ao seu lado Rapp funciona musicalmente mas esta longe de ser uma atriz marcante para uma personagem que necessita de ter impacto.


O melhor - A cor do filme

O pior - A falta de carisma do duo protagonista


Avaliação - C



Saturday, March 16, 2024

The Beekeeper

 Parece claro que Janeiro é um mês de aposta quase nula em termos de novos projetos dai que seja normal as produtoras apostarem em filmes repetidos, remakes, ou apostas de maior risco, sendo atores como Jason Statham e Liam Neeson habitues em projetos lançados neste periodo de tempo. Este ano sob a batuta de David Ayer surgiu este filme de açao simples, muito na onde de Statham, que na critica ficou-se pela ja habitual mediania, mas comercialmente o heroi de açao ainda esta numa fase boa da carreira com resultados impressionantes para janeiro, principalmente em mercados globais.

Sobre o filme podemos dizer que é mais do mesmo no que diz respeito a carreira do ator, pouca palavra, muita luta, e pouca concorrencia, numa especie de intriga que tenta ser atual, entrando nos campos da criptomoeda, Phishing e poder politico, mas que tudo e apenas um pano de fundo para o unico objetivo que os filmes de Statham vao tendo, que é sequencias de açao e luta para mostrar os atributos do seu protagonista.

Assim temos um filme simples, realizado sem grande alaridos, numa especie de tipico serie b de açao, com a diferença que temos um realizador que ja foi aposta de hollywood, e ao lado uma serie de atores de primeira linha, mas que isso em nada altera a formula simplista do filme. E daqueles projetos que tem um unico objetivo e que as escolhas demonstram mais a fase das carreiras dos secundarios do que da ao filme outras vertentes.

Ou seja um filme mediocre, rigorosamente igual a mais da metade da carreira de Statham em toda a sua base, mudando as nuances e o contexto da historia, mas e aquele tipo de filme que parte e chega ao mesmo sitio, pelo mesmo percurso apenas mudando a paisagem. Certo é que o publico gosta do registo e vai alimentando o ator na sua carreira.

A historia fala de um Beekeeper, um operacional de ultimo nivel dos serviços americanos que desperta da sua reforma para colocar em marcha o desaparecimento de uma fraçao criminosa que levou ao suicidio de uma sua amiga.

O argumento e o de sempre, uma motivaçao e um a um vão caindo as peças com a agressividade cada vez maior, e poucas palavras. Toda a historia no seu corpo e previsivel, e a atualidade de contexto nao passa de um pano de fundo praticamente irrelevante para o percurso do filme.

No que diz respeito ao realizador Ayer, foi um realizador que chegou a ser aposta de grande estudio depois de alguns sucessos de açao que foi conciliando com filmes mais fortes dramaticamente como Fury. Regressa a casa de partida fruto de alguns floops, mas aqui nota-se pouco de um realizador que ja teve num plano maior.

NO cast Statham cumpre o que se espera dele, pouca palavra, muita ação, numa personagem igual a todas as outras que habitualmente nos da. Nos secundarios fica a ideia que Irons apenas esta a conseguir encontrar espaço neste tipo de registo e Huthcerson tenta revitalizar a carreira, desta vez com um vilao muito pouco convincente.


O melhor - Statham tem impacto nas sequencias de luta

o Pior - O filme nao tem mais nada


Avaliação - C-



Thursday, March 14, 2024

Night Swim

 É conhecido que a primeira semana de grandes estreias nos EUA é marcado normalmente por um filme de terror de grande estudio, apostado em tentar dar o pontape de saida no cinema de terror, e acima de tudo levar ao cinema os jovens no sempre frio mes de Janeiro. Este filme que competiu com as maiores estreias dos oscares de Dezembro, nao recebeu propriamente criticas entusiasmantes com avaliações muito medianas, comercialmente~os resultados foram aceitaveis sem nunca serem brilhantes.

Um medo muito comum para o comum dos mortais e ficar submerso, e afogar e poucos filmes de terror abordaram este tema, ao contrario de muitos outros que ja foram alvos de diversos filmes. O filme tem essa inovação e consegue colocar o terror como protagonista principal, embora de resto o filme não consiga propriamente ter outros elementos que o diferenciem, ja que a razão de tudo e o passado, igual a todos os outros, e o terror de susto quase nunca aparece.

Em termos esteticos  filme centra tudo em duas ou tres sequencias que funcionam sem nunca entusiasmar, e fica a ideia que o filme tenta puxar para um lado sinistro das suas personagens que ficam a meio caminho. Por tudo isto temos um filme mediano, que perde pela dificuldade em levar diferentes pontos diferenciadores, e por ficar a meio caminho no sentido estetico do terror longe do que Wang tao bem faz.

Ou seja um arranque a meio termo, com um filme demasiado soft para terror, qeu tem apenas em Condon a intensidade que um filme de terror de primeiro nivel poderia obter. Um claro filme com poucos objetivos que nao entusiasma mas tambem nao afasta o espetador, embora me pareça que este inicio de ano e normalmente repetitivo.

O filme fala de uma familia, em que o marido sofre uma doença degenerativa que o afastou do sonho desportivo, ate que o mesmo descobre os poders curativos de uma piscina que esconde um segredo de divida que colocara em causa toda a familia.

O argumento tem como inovaçao a agua como vila, o que alimenta muitos medos, ao seu lado parece claro que todo o corpo da historia ja foi vista de diversas maneiras, e torna-se algo previsivel, num cinema de terror strandart.

Na realizaçao Mcguire vem de um terror de segunda linha de projetos pequenos. A determinados momentos fica a sensação que consegue ter estetica de terror mas utiliza pouco na maior parte do filme. Ainda um simples tarefeiro do genero de hollywood.

No cast se Russel parece ser o caminho natural do ator, em face de algumas debilidades que este apresenta em termos dramaticos. Condon demonstrou o ano passado todos os seus recursos ficando claramente a ideia que o filme nao utiliza os seus atributos e que vale mais do que este cinema de desgaste rapido.


O melhor - A agua como elemento de terror.

O pior - A base ser a previsivel de sempre


Avaliação - C-



Wednesday, March 13, 2024

Damsel

 Millie Bobby Brown tornou-se com o sucesso global de Stranger Things uma das maiores figuras da Netflix a qual tem apostado na sua imagem para diversos filmes, onde a jovem atriz figura como protagonista central. Este ano com a inspiração de sagas mitologicas aqui surgiu um filme de ação apostada a reinar comercialmente na primavera. Criticamente a Netflix continua com muita dificuldade em fazer imperar a sua qualidade, mas comercialmente tudo vai no sentido de um sucesso global facil por parte do filme.

Damsel é um filme com dois segmentos distintos e com resultados também eles distintos, a primeira parte introdutoria a um ritmo muito lento, que conduz para o epicentro do filme. Fica a ideia que nesta fase inicial o filme denuncia em demasia o que vem de seguida, e isso acaba por junto do ritmo lento não cativar de uma forma clara o espetador. Na segunda parte o filme perde o argumento e acaba por ser o jogo do gato e do rato entre a personagem central e o dragão com muito CGI à mistura num filme graficamente interessante.

Perante tais partes fica a ideia que mesmo em termos de entertenimento já vimos muito mais e melhor em diversos filmes. O filme brilha apenas pela sua componente estetica ja que narrativamente torna-se extremamente previsivel do primeiro ao ultimo minuto. Existe momento em que os filmes exigem algo mais em termos qualitativos que este filme não consegue ter, e quando assim é fica a sensação de historia repetida, evoluçao tecnologica mas nada mais.

Ou seja um filme para ocupar espaço e potenciar a imagem da jovem atriz como heroina de açao, algo que inclusivamente já advem da serie, e que a Netflix tem como aposta pessoal. Nao e um filme que ficara registado pela sua diferenciaçao, pese embora tenha conseguido um elenco de boa qualidade, mas no final a sensação que fica é pouco, e que rapidamente um filme como este cai no esquecimento global.

A historia segue uma jovem princesa de uma terra falida, que fica prometida a um sedutor príncipe, mas que tudo muda quando no dia do casamento acaba por ser remetida para umas catacumbas onde reside um dragão com vontade de matar todos os que ali caem.

No que diz respeito ao argumento, é uma historia simples, denunciada, previsível, e pouco trabalhada de forma diferenciada em dois blocos que nunca conseguem eles próprios serem diferenciados. Fica a ideia que o deserto de conversa na segunda parte, e algumas lacunas de logica não beneficiam o titulo.

Na realização o projeto é assinado por Fresnadillo um realizador espanhol que tinha como maior projeto a sequela de 28 Days Later, mas que ainda não e uma figura de referencia no cinema internacional. O filme joga bem com o lado estético, com força no que diz respeito as apostas digitais, mas sem grande assinatura, e isso faz do filme mais uma tarefa do que uma obra de referencia.

No cast Bobby Brown é uma atriz a ganhar dimensão no que diz respeito ao seu estatuto como heroina de ação, que aqui trabalha mais esse ponto do que propriamente a qualidade dramatica que é pouco colocada a prova neste filme. Ao seu lado um conjunto de atores e atrizes conhecidos mas que o filme nada exige para além da sua presença.


O melhor - O lado digital estetico do filme.


O pior - A previsibilidade total de todas as escolhas do filme.


Avaliação - C-



 

Sunday, March 10, 2024

Ricky Stanicky

 Março começou com muita abundância de produtos por parte das maiores produtoras de streaming, sendo que a prime escolheu uma comedia simples, com muita base sexual protagonizada por Efron e Cena, que acabou por ter uma resposta critica mediana com pendor negativo, num estilo de filme de desgaste rapido que vai certalmente ir buscar alguns espetadores de desgaste rapido de domingo a tarde, mas que dificilmente conseguira sobreviver no tempo.

Sobre o filme temos o tipico filme de comedia sexualizada dos nossos dias, normalmente com muitas piadas e jogadas de palavras, que reside essencialmente em toda a personagem de Cena e na forma como filme a tenta levar ao desgaste maximo mesmo que isso coloque de lado toda a coerencia ou mesmo algum tipo do capacidade de transmitir alguma coisa de importante.

O problema deste tipo de filme é mesmo o facto de ficar totalmente dependente da piada facil da personagem de Cena, ja que tudo o resto esvazia completamente como a ligação de amizade entre o trio de protagonistas, que apenas se consegue perceber na animaçao noturna, e mesmo em termos do lado mais romantico do filme, tambem nao tem espaço.

Por tudo isto o filme parece ser claramente um erro de mensagem, eu confesso que a tendencia de ridicularizar a estrutura de Cena tornando-o num palhaço de serviço ate pode ter alguma piada em termos humoristico, mas o filme nao consegue funcionar para alem desses pequenos momentos, tendo muitas vezes um humor exagerado que mesmo ai não funciona.

A historia fala de um trio de amigos que passa a vida a ter os seus escapes para os seus interesses amorosos associando a um amigo inexistente, que é o segredo de todos, tudo fica pior quando contratam um falhado ator para ser efetivamente esse amigo.

Em termos de historia o filme e pobre em termos de piada, onde vai sempre buscar um humor totalmente sexualizado e maioritariamente sem grande graça, mas tambem moral. Normalmente estes filmes tem uma componente moral associada neste caso fica dificil perceber onde o filme quer chegar.

Na realizaçao Farrelly tornou-se um realizador a solo depois de muitos sucessos com o seu irmão, e a solo teve os seus filmes de maior sucesso principalmente com o sucesso do filme que venceu o oscar the Green Book, torna-se totalmente impercetivel como e que alguem com essa carreira faça um filme de serie b tao fraco como este, mas parece que na carreira a exceçao foi o oscarizavel.

No que diz respeito ao cast Efron repete a parceria com Farelly num filme que volta ao seu registo mais normal, e mais desinteressante depois do que vimos em Iron Claw. O filme vai buscar essencialmente aquilo que Cena vale como comico mas e pouco para um filme que e uma aposta maior da Prime para esta fase do ano.

O melhor - ALguma capacidade comica de Cena

O pior - O humor claramente fora de tom do filme


Avaliação - D



Friday, March 08, 2024

Spaceman

 Com um elenco de primeira linha e com a promessa de devolver por inteiro Adam Sandler ao drama eis que os ingredientes eram muitos para esta aventura espacial com um elenco de primeira linha que foi a primeira grande aposta da Netflix para o presente ano. Um filme pensado mais para a critica do que para grandes resultados comerciais, certo e que a mediania das criticas nao alavancaram o filme para altos voos, dai que talvez tenha sido o filme mais incognito da aplicação para um elenco tão de renome.

SObre o filme podemos dizer que era facil perceber pelo estilo do trailer que teriamos um filme intimista no espaço que apostava por completo desconstruir por completo a imagem comica de Sandler, e nesse particular o filme é eficaz porque o estilo e tudo menos previsivel. O problema do filme e o tom monocordico com que somos levados, onde ate a voz de Paul Dano como a aranha presente acaba por embalar para uma luta interna a ritmo pausado que nao da ao filme o arranque que o mesmo necessitava.

A ideia de base ate pode ser positiva naquilo que e o conflito pelo que deixamos para tras, o nosso passado. O filme tem a curiosidade de sair do tipico estilo americano, para tentar situar o filme politicamente na europa de leste mas fica a clara ideia que tudo isto são ingredientes que não tem seguimento, que o filme fica adormecido na sua propria melancolia, sem ter substrato para ser um filme eficaz no que quer transmitir.

Por isso tudo temos um filme dificil, que por vezes e curioso mas pouco intenso. Fica a ideia que o filme com os ingredientes humanos e de projeto poderia ter sido mais eficaz na mensagem para alem da sonolencia. A falta de ritmo e um handicap que o filme na sua eloquencia nao consegue ultrapassar, ficando a ideia de uma promessa nao concretizada.

O filme fala de um astronauta, um ano sozinho no espaço que começa a pensar no que abandonou e perdeu na terra, quando começa a falar com uma aranha de outro mundo quer quer compreender a forma de pensar e de escolha do humano.

O argumento ate pode ter uma base ideologica e moral interessante, mas fica claramente a ideia que a concretizaçao ponto a ponto nao e a mais trabalhada. Fica a ideia que mesmo os dialogos entre as duas personagens centrais poderiam ter mais ritmo e mais conteudo, mesmo que o filme procure isso como o centro da sua atuaçao.

Na realizaçao temos Renck realizador de sucesso em series que teve aqui a primeira grande aposta em termos de cinema, num trabalho de autor, pensado ao promenor que perde no ritmo e naquilo que o argumento poderia conciliar a uma boa captaçao de imagens. Fica melhor representado pelo seu trabalho para series.

No cast temos um Adam Sandler totalmente diferente do que estamos habituados a ver, melancolico, que convence sem ser fora de serie. A voz de Dano encaixa na calma que quer dar ao aracnideo mas fica a sensaçao que algo mais falta, e Mulligan quase nao tem espaço nos seus flashbacks.

O melhor - A forma como tenta transmitir a solidao

O pior - A falta de ritmo


Avaliação - C-



Wednesday, March 06, 2024

Iron Claw



 No geral 2023 foi um ano com diversos títulos com objetivos na temporada de prémios, alguns dos quais com boas criticas que posteriormente não se materializaram em nomeações. UM dos filmes que se encontra presente nesse grupo foi este biopic sobre uma das mais míticas familias do Wrestling a qual tem consigo uma das maldições icónicas da cultura daquele desporto. O filme saiu com algumas aspirações criticas e conseguiu chamar a atenção com boas avaliações embora insuficientes para o objetivo central. Comercialmente o filme alavancou no passa palavra positivo e teve um consistente resultado de bilheteira.

Sobre o filme podemos dizer que a historia de base e muito interessante em todos os pontos, sendo que o filme ainda lhe retirou um dos elementos para nao se tornar repetitiva que tornava tudo ainda mais impressionante, e essa escolha para mim não foi feliz. O filme tem essa força, que torna o espetador incrédulo com a sequencia de eventos e a justificação para os mesmos, e nisso o filme consegue trabalhar bem principalmente a base.

O maior problema do filme, é que essa historia é tão interessante e com tantos pontos que o filme tem dificuldade em detalhar temporalmente os diferentes pontos, ficando a ideia que deveria ser mais preciso na evolução de tempo, ja que tudo parece dar saltos temporais muito grandes, o que pode estar associado a quantidade de informação que o filme quer prestar mas acima de tudo ao facto do filme tentar trabalhar muito a dimensão interna da personagem central.

Por tudo isto temos um filme com uma historia muito particular, intensa, que nos faz pensar, mas que sinceramente penso que a excelente realização e contexto temporal e grafico se perde na definiçao temporal algo confusa. Vamos percebendo bem o que acontece mas existe dificuldade em perceber quando, em que espaço, e de que forma as personagens, em demasia reagem, e isso acaba por tornar a historia mais difusa.

A historia segue uma familia com quatro irmãos, em que todos seguem os objetivos do pai em os tornar campeoes de Wrestling de pesos pesados, contudo o infortunio começa a surgir na vida de cada um deles, em dramas familiares intensos.

A base real da historia é muito mais epica e dramatica do que os segmentos que o filme escolhe, e isso acaba por dizer bem do que o filme tem nas mãos como base de trabalho. Algumas opções principalmente em atalhos podem ser discutiveis mas a sua forma permite claramente perceber o impacto do que o filme quer contar.

No que diz respeito ao realizador Sean Durkin e um realizador intenso, com uma boa carreira no que diz respeito a filmes intensos proximos da critica e aqui percebe-se isso, a intensidade nos conflitos internos da personagem a quem o filme dá primazia acaba por ser uma opção clara, e que demonstra o caminho que Durkin tem feito como realizador.

No cast o filme surpreende na escolha de um Efron fisicamente muito alterado. nao e propriamente uma personagem dificil, mas a mudança fisica do ator surpreende e se calhar hipervaloriza a interpretação, que me parece ser sempre mais sustentada nos secundários de nivel mais elevado, como Allen White, Mcclany e Tierney.


O melhor - A historia que o filme relata

O pior - Os atalhos temporais e narrativos


Avaliação - B-






Saturday, March 02, 2024

The Tiger's Aprenttice

 Fevereiro costuma ser um mês de preparaçao para as aplicações e produtoras, principalmente pensando em algumas festividades desse mês, como o dia de São Valentim. Aqui a Paramount, que parece ainda se encontrar a perceber como as dinamicas funcionam apostou num filme de animaçao, com inspiraçao oriental, que estreou numa tentativa da produtora ganhar experiencia na animaçao. A critica ficou pela mediana e comercialmente fica a ideia que a Paramount tem tido muitas dificuldades em arrancar.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa por dar a conhecer ao espetador a origem da ideia, com os signos chineses, numa especie de tag team guardia do nosso mundo, mas rapidamente o filme muda para se tornar num basico e repetido filme de treino, de heroi improvavel, com essa inspiração tematica e pouco mais, num filme ja visto que tem muitos poucos ingredientes que o diferencia.

Tecnicamente denota-se trabalho principalmente na construçao da cidade, e alguns momentos de luta mas e pouco. um dos problemas da animaçao e que muitos dos filmes escolhem na historia um corpo narrativo comum que depois sabe a pouco no resultado final. Este é apenas mais um filme com essa dimensão que tem muita dificuldade em se encontrar nos seus melhores momentos, e rapidamente chegamos ao fim com uma sensação de que pouco nos transmitiu.

Num estilo que nos ultimos anos, principalmente com as produtoras maiores tem sentido muita dificuldade em se definir, fica a ideia que ja vimos este filme ainda que com outra roupagem, mesmo no estilo do humor e nos cliches do heroi improvavel. A maior parte das pessoas pode nunca ver este filme, e nao e propriamente uma perda relevante.

A historia fala de um jovem desadaptado que renega os seus poderes que de repente tem de ser treinado por um tigre que se transforma em homem para se tornar no guardiao de uma pedra que é a origem das pessoas mas que é desejada por uma vila para por termo a humanidade.

Em termos de argumento a maior parte dos ingredientes que o filme nos da, ja conhecemos de outros filmes. E muito pouca a novidade do filme, mesmo no estilo de humor que utiliza e que funciona essencialmente na base inicial.

Na realizaçao o projeto foi entregue a realizadores que tiveram inseridos em diversos projetos marcando este filme a sua união. O filme e tecnicamente competente sem ser evolutivo, ou nao fosse um filme de uma grande produtora. QUando tem tantos realizadores normalmente os filmes tem mais dificuldade em funcionar com uma assinatura.

No cast de vozes um conjunto de atores de origem oriental para ser fiel ao tipo de filme, mas acaba por ser um filme de animaçao de açao que pouco pede aos seus interlocutores.


O melhor - Nao tenta ser complexo

O pior - Ja vimos o filme diversas vezes


Avaliação - C



The Zone of Interest

 Johnatan Glazer tem no seu curriculo algumas caracteristicas que fazem dele um realizador pouco comum, principalmente porque os seus filmes não são propriamente ritmados, mas são exercicios de impacto, muitas vezes metaforicos e de dificil compreensão, dai que rapidamente surpreendeu quando este peculiar Zone of Intrest surpreendeu em Cannes e aguentou a competiçao ate conseguir ser um dos filmes marcantes destas nomeaçoes para os oscares fruto de uma excelente receçao critica. Comercialmente para um filme de autor, falado em alemão os resultados foram razoaveis, mas foi talvez o parametro pobre para o percurso intenso do filme ao longo do ano.

Sobre o filme, podemos dizer que é um filme sem historia, sem um guião propriamente definido, o filme quer demonstrar e chocar na diferença entre uma familia de um general nazi e a vida dele no campo, contrapondo com as atrocidades que existiam paredes meias. O filme tem um ritmo lento, com muito exercicios simbolicos que pode fazer com que muitos dos aspetos sejam necessarios de refletir, mas a dureza e a intensidade dos momentos, e principalmente como o som do filme esta presente torna este filme uma obra singular, diferente de tudo o que vimos.

O que esconde o filme e muito mais forte do que exibe, a superficialidade e a normalidade nas personagens de tudo que os roda e chocante mas os momentos esteticos que mesmo sem sangue significam o terror faz com que o filme, na sua curta duração, o que tendo o seu estilo nao poderia ser mais longo, leva a momentos de um impacto emocional tao elevado que provavelmente poucos filmes sobre o holocausto conseguiram ser tao subtis neste tratamento e por isso, podemos facilmente dizer que se trata do filme mais concetual sobre tal tema.

Por tudo isto podemos dizer que quem gosta de um cinema de historias e de dialogos podera ficar defraudado com um filme que se limita a ser um episodio longo de bib brother no contexto mais particular que podia ser. O segredo esta na camara que o filme quer dar, mas isso nao deixa de com poucas imagens criar todo o impacto que o filme quer ter, uma obra de referencia sem duvida do ano.

A historia do filme e simples, o dia a dia da familia do responsavel nazi pelo Campo de Concentração de Auschwitz com uma vida simples, familiar em paredes meia com o espaço onde se cometeu um dos maiores atentados da historia da humanidade.

O argumento e silencioso, alias os grandes apontamentos do filme e o silencio e os barulhos de contexto. Nao temos propriamente uma historia, mas sim situaçoes, e estas espelham como poucas a dictomia ali vivida de uma forma que provavelmente poucos contariam. Mais que um grande argumento e uma brande ideia.

Na realizaçao Glazer foi sempre um realizador proximo da critica, mas longe dos premios ou da unanimidade, aqui numa produçao britanica parece ter conseguido a sua referência. Provavelmente saira com o oscar de melhor filme estrangeiro, e a mençao de melhor realizador que colocara um passo acima na carreira.

Nao e um filme de interpretaçoes embora Huller demonstre a intesnidade que ja nos surpreendeu este ano em Anatomia de uma Queda. Ao seu lado Friedel e uma agradavel surpresa pela simplicidade em que encarna um monstro.


O melhor - A capacidade subtil de ter impacto

O pior - Pode nao ser um filme facil de organizar


Avaliação - B+



Friday, March 01, 2024

The Teacher's Lounge

 Apresentado nos mais diversos e maiores festivais da atualidade esta longa metragem alemã, lançou a discussão sobre métodos de ensino e sobre a dificuldade que é ser professor nos dias de hoje. A boa receção critica que o filme obteve foi permeada com a nomeação para melhor filme estrangeiro, depois de ter sido selecionada na sempre competitiva montra alemã. Comercialmente o filme principalmente na europa conseguiu resultados competentes para as dimensões de um filme como este.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo tem uma dinâmica muito propria, que é criar uma tensão psicologica tão forte ao longo da sua curta duração que quase conduz o filme para uma especie de filme de terror psicológico, que nos prende a cadeira de forma a perceber como tudo vai acabar, com os dilemas muito constantes que a personagem principal vai tendo. Na criaçao deste ambiente o filme é muito funcional e acaba por ser interessante a forma como tudo é criado.

O problema do filme são as soluções que adota na sua definição, nem sempre o filme aqui é muito objetivo, deambulando pelas indecisões que a personagem vai tendo, mas que para o filme ter o impacto desejado, fica a ideia que o mesmo deveria de uma forma mais concreta se definir, arrancar para alem de criar a tensão constante, e aqui o filme parece-me algo desprendido de uma resolução.

Ou seja o cinema tipico alemão, onde o conflito de ideias, e entre personagens é constante, muito hábil no aumento e criaçao da sua tensão psicologica, mas que me parece que tem maior dificuldade na fase final em se decidir. Ficamos sem respostas que nos fazem sentir algo errados, talvez porque o filme quer ser demasiado aberto, ou talvez porque qualquer escolha poderia ser questionável.

A historia fala de uma professora nova numa escola, que não aceita a forma da propria escola tentar investigar uma serie de roubos naquele contexto, mas que leva a que a propria ganhe curiosidade pela resposta, contudo leva-a a uma decisão que vai marcar a forma como toda a comunidade reage com ela.

O argumento parece-me ter uma base interessante do ponto de vista, concetual e nos dilemas que quer causar ao espetador, mas tem mais dificuldade na resolução do mesmo. A personagem central parece também ser a unica com diferentes dimensões, ficando a ideia que as outras se escondem um pouco no facto do filme ser muito centrado nela.

Na realizaçao Catak e um jovem realizador alemão em crescimento daquele pais que tem aqui o seu projeto mais internacional e de uma forma interessante principalmente pela forma como faz crescer um clima tão particular num contexto tão comum. Nao e uma obra prima do cinema alemão, mas a sua juventude pode fazer antever uma otica carreira.

No cast, o filme é entregue a Leoneie Benesch uma jovem e quase desconhecida atriz alema que tem entregue a si a despesa maior do filme, e que consegue resolver com qualidade. Nao e uma interpretaçao de topo, mas demonstra bem a qualidade que os atores daquele pais vao exibindo.


O melhor - A densidade criada num espaço tão comum como uma sala de aula.


O pior - A falta de respostas


Avaliação - C+



Thursday, February 29, 2024

Memory

 Existem pequenos filmes que conseguem algum mediatismo quando são anunciados em grandes festivais mas que o tempo os leva para uma invisibilidade que so os mais atentos conseguem perceber que o mesmo foi lançado. Isso foi o que aconteceu com este drama amoroso sobre saude mental, estreado no festival de veneza com alguma expetativa, mas cujas avaliaçoes positivas foram insuficientes para lançar o filme para a temporada de premios onde este sempre arredado das maiores competiçoes. Do ponto de vista comercial os resultados foram quase inexistentes o que se torna ainda mais grave devido a presença de uma Chastain que normalmente tem alguma fidelidade do publico.

Sobre o filme temos uma abordagem claramente independente, silenciosa que quer entrar dentro das dinamicas das personagens e das suas reações, acabando aos poucos por desvendar o passado e a ligação entre o que aconteceu e o que estamos a ver, e isso apesar de um filme pequeno é sempre trabalhado com procedimentos lentos, onde os movimentos das personagens são sempre fatores mais importantes do que os seus dialogos.

E um filme que acaba por ser algo frio naquilo que é a saude mental levado ao expoente maximo, principalmente no lado masculino, o filme tenta resgatar o amor das personagens no ponto mais degradado, o filme acaba por abrir discussões sem as fechar, mas talvez merecesse mais impacto no teor emocional do que acaba por ter, muito por culpa de um ritmo lento que não beneficia o filme.

Ou seja um filme com um tema competente que é realizador e pensado de uma forma demasiado despreendida do que pode causar no espetador. Fica a ideia que o filme tinha os ingredientes para ser mais impactante ou mesmo mais intenso, ficando apenas uma estranha historia de amor e pouco mais.

O filme segue uma ex alcoolica marcada pelo seu passado e pelo excesso de proteçao da sua filha que começa uma relaçao de cuidado com um individuo com inicio de demencia que a segue numa festa e a qual confunde com um ex-colega de infancia que a teria molestado.

O argumento do filme tem muitos pontos que inflexao na historia, mas fica a ideia que na maior parte do tempo acaba por ser um filme demasiado pausado, que tem dificuldade em intensificar as relações ou os momentos e a falta de capacidade de impressionar do filme começa nesse momento.

A realizaçao a cargo de Michel Franco, e totalmente independente, sem grandes truques, seguindo os personagens, um realizador de festivais grandes, mexicano que tem aqui um filme que não e o seu melhor, e que demonstra que com meios americanos e mais dificil transmitir o realismo dos seus filmes anteriores.

No cast o filme tem bons atores, Chastain consegue ir na sonolencia necessaria da sua personagem, mas longe da intensidade e impacto que normalmente as suas personagens costumam ter. Ao seu lado Sarsgaard vai procurar a personagem para o seu habitual compromisso, mas tambem nao e o seu registo mais visivel.

O melhor - O amor no problema.

O pior - O filme não conseguir ir buscar a intensidade emotiva que necessita


Avaliaçãio - C+



Tuesday, February 27, 2024

The Shift

Depois do sucesso quase impensável que se tornou Sound of Freedom a Angel Produtions continuou a tentar lançar os seus projetos com mensagens religiosas e uma ligação muito proxima ao catolicismo algo que tem levado a diversos filmes, alguns dos quais com personagens comuns, e que tem aqui mais um episodio em plena Holiday Season. Como a maioria dos filmes da produtora criticamente novamente foi um desastre sendo que comercialmente, apesar de tentar o mesmo procedimento comercial que conduziu ao sucesso de Sound of Freedom o resultado foi claramente mais modesto.

Sobre o filme podemos dizer que é uma confusão total do primeiro ao ultimo minuto, com realidades paralelas, uma entidade dominadora que mais não é que o diabo, um thriller sci fi futurista, tudo misturado num filme sem grande sentido, realizado de uma forma quase amadora e interpretado da mesma forma com alguns actores que começam a ser quase exclusivos da Angel.

Ora bem se queremos uma mensagem metaforicamente religiosa e imperativo que a mensagem passe, para alem de uma procura incessante pelo amor, e um passado cheio de desastres, mas o sentido entre universos não pode ser explicado por entidade dominadora que pode fazer tudo, ja que assim impossibilita qualquer sentido na sua resolução o que neste caso acaba apenas por seguir o que o filme não conseguiu fazer ao longo das duas horas.

Por tudo isto e para quem gosta realmente de cinema e facil perceber a razão pela qual a ANgel se tornou num cinema quase odiado pelos amantes da arte, pelo lado unica e exclusivamente religioso ou de um fundamentalismo moral, que em termos de arte, mesmo quando sai do caracter simplista de telenovela trás-nos algo com este grau de absurdo quase impossivel de compreender ao comum dos mortais.

A historia segue um individuo que apos um acidente e de um contacto com uma entidade poderosa, acaba por ser conduzido para uma realidade futurista marcada pelo odio, onde vai tentar descobrir a sua mulher.

No que diz respeito ao argumento a mistura de generos que o filme adota é tão absurda como disfuncional e tudo acaba por ser uma confusão que pouco se mistura, para uma mensagem que ela propria se diluiu numa mensagem mal escrita e num argumento pouco competente.

Na realizaçao deste projeto Brock Heasley tem aqui o seu filme mais mediatico num estilo de filme que pouco ou nada potencia qualquer tipo de carreira, e que acaba por ser uma confusão sem qualquer tipo de sentido. Provavelmente não vamos encontrar novos filmes deste realizador, ou poderá aparecer em filmes desta natureza.

No cast o filme e liderado por um desconhecido Polaha, que tenta dar os diferentes vetores da sua personagem, mas que acaba por ser na maior parte do tempo igual, quando não deveria ser, para um ator desconhecido. Depois temos um Sean Austin que tem que recorrer a este tipo de filme de segunda linha para sobreviver, e por fim Mcdonough que é uma das figuras de referencia deste tipo de filme, que diz muito da sua carreira.


O melhor - O não ter sido o sucesso do filme anterior da produtora.

O pior - A confusão total que é este projeto


Avaliação - D



The Boys in the Boat

 LOnge vai o tempo em que o lançamento de um filme realizado por George Clooney chamava a atenção dos criticos e da temporada de premios. A carreira neste capitulo acabou por se tornar mais morna, e os filmes vão sendo lançados quase despercebidos, como aconteceu este ano com este relato drama desportivo, que os mais pequenos quase nem deram por ele, principalmente pela mediania das avaliações que nao o impulsionaram para altos voos, acabando por ter um trajeto razoavel do ponto de vista comercial, principalmente nos EUA ja que se trata de um filme que homenageia um exito desportivo daquele pais.

Sobre o filme desde logo podemos dizer que o remo nunca foi propriamente alvo de filmes muito assinalados, e percebe-se que Clooney como realizador gosta de dramas desportivos, sublinhando meritos muito concretos como ja tinha feito anteriormente. Aqui temos um filme tipico de drama desportivo, com o crescimento e conflito das personagens, o sentimento de equipa e o feito, nisto o filme é muito convencionar, seguindo o guião tipico sem grandes sobressaltos.

Isto espera-se de um tarefeiro comum de Hollywood que nos da um filme mediano, emotivo, em que glorifica os exitos, mas não de um realizador com o percurso de Clooney, aqui exigia-se mais risco, uma abordagem mais diferenciada para alem da live cam das corridas e o filme nunca consegue ir para alem da emoção facil, na equipa e nas relações colaterais, sendo um filme demasiado preso ao obvio.

Por tudo isto e um filme que gostamos de ver pela historia em si que conta, embora o remo e principalmente o tempo em que ocorreu este feito seja tão distante para termos a sua real dimemsão, mas pouco mais ja que no restante e um filme feito pelas linhas tradicionais, com os cliches emotivos tipicos e que isso nao o diferencia de outros filmes do genero.

A historia fala de um um grupo de estudantes que de forma a ganhar dinheiro apos a grande depressão começa a competir numa equipa de Remo que os leva ao esterlato e contra todas as expetativas aos polemicos jogos olimpicos de berlim em pleno dominio Nazi daquele pais.

O argumento e convencionar na sua arquitetura de base mais mais de isso na sua propria execução, e um filme com personagens esteriotipadas, cada uma a preencher o espaço definido, mas com pouca dinamica ou momentos claramente diferenciados. E aqui que resulta o lado demasiado convencional do filme.

Clooney como realizador começou com o fogo todo, mas ultimamente ter adomercido em filmes demasiado simplistas ou puristas que agradam sem entusiasmar sendo este mais um capitulo desta fase adormecida do mesmo com realizador.

No cast Edgerton tem um papel simples, tipico de treinador de drama desportivo, e os jovens comandados pelo protagonsita Turner, funcionam sem serem brilhantes, num filme demasiado convencional para grandes sublinhados para os envolvidos.


O melhor - O feito naquele contexto economico e interessante

O pior - Falta o risco que leva determinados filmes para outro tipo de impacto.


Avaliação - C+



Suncoast

 Todos anos em Janeiro, o festival de Sundance e uma montra de filmes independentes que são rapidamente aquisicionados por companhias maiores, que vão sendo lançados ao longo do ano com maior ou menor entusiasmo. Um dos primeiros filmes a ter visto a luz do dia na edição deste ano foi este peculiar filme sobre a perda, que foi contratado diretamente pela Searchlight e depois divulgado pela hulu, depois das boas criticas conseguidas, principalmente para Nico Parker. Comercialmente não sendo um filme de massas poderá ser um filme em que tropeçamos na aplicação Disney +.

Sobre o filme podemos dizer que o tema do mesmo não é facil ao conjugar por um lado a perda, e a doença e a adolescencia e a ansia de viver. O filme tenta gerir estes momentos pela imaturidade da personagem central e em algum exagero nas dinamicas, isso não faz com que o filme seja impactante e intenso quanto ao luto ou a preparação para o luto, com momentos suaves de filme de adolescente os quais contornar com um drama familiar mais intenso.

Não é um filme por si só fora do comum, parece sempre que o ponto que melhor funciona no filme acaba por ser a forma como a personagem central se liga com uma personagem mais velha com quem desabafa sobre o seu dia. E o lado menos esteriotipado e o mais emotivo do filme, no restante o filme é mais convencional embora saiba organizar as coisas para os seus objetivos ainda que simples.

Normalmente Janeiro e Fevereiro não sao meses para grandes filmes, mas este acaba por ser um filme interessante sem ser brilhante, arquitetados em tres boas interpretações uma historia nada comum e pior que isso com muita intensidade emocional, mas que acaba por no final ser um filme que é competente sem ter a capacidade de ser estraordinaria.

A historia fala de uma jovem adolescente que vive para o irmão, doente terminal que chama a si toda a atenção da sua mãe, deixando-a quase com a vida de adolescente paralisada, ate que a mesma consegue entrar num grupo de amigos e viver a adolescencia enquanto o seu irmão esta internado aguardando pela morte.

O argumento do filme é pesado e dificil, e mesmo a tentativa de dar aos dialogos um tom mais ligeiro nem sempre e conseguido. Nao um filme que consiga ter um humor que se destaque mas o balanço entre pontos acaba por ser funcional no registo final do filme.

Na realizaçao a estreia da atriz Laura Chinn e simples, num procedimento tipico dos filmes indepententes norte americanos com o lado contextual de uma pequena cidade, e pouco mais, deixando fluir as interpretações e o argumento e muitas vezes uma boa opçao de começo.

No cast o maior destaque vai para Nico Parker, a filma de Thandie Newton muito igual a mãe que vai buscar a ingenuidade que o filme quer para a personagem, sendo que a jovem domina por completo o filme e os seus momentos, bem auxilidada pelos sempre competentes Harelsson e Linney.


O melhor - As conversas entre Doris e Paul

O pior - Fica a ideia que esta relação deveria ser mais potenciada no filme


Avaliação - B-



Monday, February 26, 2024

The Color Purple

 Decadas depois de Spilberg ter surpreendido o mundo do cinema com o seu drama racial cor purura, eis que o musical baseado no sucesso do realizador passou para o cinema, com muito do seu elenco de base da Broadway e muitas expetativas comerciais e criticas. Depois de estreado o filme foi bem recebido mas sem o entusiasmo que o podesse tornar num serio candidato a premios. Comercialmente os resultados ficaram aquem do esperado não tendo conseguido pagar a sua produçao.

Sobre o filme podemos dizer que para quem não conhece o musical da Broadway o filme no inicio surpreende quer pelo estilo musical, quer pela originalidade dos momentos coreograficos que impressionam, mas que com o passar do tempo sao abandonados perdendo a qualidade coreográfica e musical da fase inicial, tornando-se num vulgar filme dramatico com tendência musical, mas que vai perdendo fulgor ao longo das suas mais de duas horas.

De resto podemos dizer que temos um filme que não é equilibrado entre as partes, o que nos surpreende pelo lado cruel e mesmo emotivo da primeira sequencia, acaba por divagar nas diferentes linhas narrativas, perdendo o impacto das mesmas, fica a ideia que no proprio detalhe produtivo o filme também vai perdendo.

Por tudo isto fica a ideia que a imaginaçao e originalidade do primeiro segmento desvane-se no segundo, ficando apenas um filme sobre a degradação social e racial indiferenciado, que perde todo o brilho de uma fase inicial irreverente, original e musicalmente diferente do que normalmente assistimos. Fica a ideia que poderiamos ter tido um filme muito mais vincado, apesar dos seus bons momentos.

A historia segue Celie, e a sua relação abusiva com os homens, inicialmente o pai, e posteriormente o marido que a afasta da sua irmã, e que vê tudo à volta ser dominada por homens, colocando a sua condição de mulher, pobre, e negra em total check.

O argumento é o conhecido da historia, ficando a ideia que o lado musical apenas tenta sublinhar os pontos mais emotivos e marcantes. Nao temos grandes inovaçoes, e os dialogos sao maioritariamente musicais como statermentes das personagens. Tambem aqui a intriga nao e equilibrado entre partes.

Na realizaçao este projeto de estudio, foi entregue Bazawule um realizador ganes residente em Nova Iorque que teve aqui um voto de confiança, para um quase desconhecido que acaba por dar bons momentos principalmente na fase inicial, ficando a ideia que foi esgotando as ideias e que tudo se normaliza muito rapidamente. So o futuro ira definir as suas escolhas.

No cast temos a repetiçao de muitos dos interpretes do musical da Boadway a repetir personagens, com sucesso, pela intensidade e pelos momentos de impacto musicais que conseguiram conduzir Danielle Brooks a unica nomeaçao para os oscares do filme. De resto é dos parametros competentes do filme, sem o brilho de outros musicais.


O melhor - As primeiras sequencias musicais.

O pior - O filme perder esse impacto com o passar do tempo


Avaliação - B-



Saturday, February 24, 2024

Mea Culpa

 Tyler Perry e um icon de um cinema de desgaste rapido normalmente passado ou no contexto comico de Madea, ou no lado mais rico em thrillers basicos pouco elaborados com procedimentos muito concretos a que neste filme Terry junta algum erotismo com o seu tipico cojunto de amigos como interpretes. Criticamente este tipo de filmes de Perry habitualmente são um desastre e aqui volta a ser. Comercialmente esta colaboração de Perry com a Netflix tem um alvo muito concreto que vai novamente fazer o filme funcionar.

Sobre o filme temos uma especie de instinto fatal ao contrário, mas com todos os tique que podemos imaginar de um deserto de ideias que começa desde logo pelos argumentos onde se denota que Perry não queria  perder muito tempo e acaba por criar intervalos de comunicação. Isto poderia ser preguiçoso se no final não quisesse fazer aquele twist revelador muito absurdo que torna o filme quase um hino a como nunca escrever uma intriga, ainda mais potenciado por interpretaçoes de pessima qualidade e uma produção que parece retirada de um filme satirico com filmes fracos.

Se estes pontos jã eram pessimos ainda tudo se torna pior quando o filme tenta criar uma sedução, e uma intriga amorosa, desde logo porque acrescenta todos os pontos negativos possiveis numa relação ao exagero brutal, mas também situações exageradas que nunca aconteceriam num exagero total, que me atrevo a dizer que nem no almoço de uma telenovela conseguimos encontrar, num dos piores registos escritos que me recordo.

Nao sendo fa do cinema de Tyler Perry conhecido essencialmente por filmes pouco pensados, desgaste rapido uma novela para pessoas que exigem pouco, este vai a um ponto que se torna absurdo, num dos piores filmes que me recordo em todos os pontos, escrita, realizaçao e interpretaçao, que leva a que todos consigam ainda mais vincar esta capacidade unica de Perry fazer filmes maus.

A historia fala de uma advogada de sucesso inserida numa relação abusiva por parte dos familiares do marido, que aceita defender um pintor conhecido acusado de homicidio que terá do outro lado o seu cunhado com ambiçoes maiores.

O argumento e um disparate completo a todos os niveis, a intriga e denunciada e tem um final disparatado e sem sentido para surpreender, mas e muito pior a sua concretização existem dialogos que nao vao a lado nenhum com espaços vazios sem qualquer sentido.

Perry ficara na historia com um dos realizadores mais odiados pela critica e aqui neste filme explica bem porque. O filme é um desastre a todos os niveis sendo a realizaçao apenas mais uma delas, numa carreira que parece que nao vai ser mais que isto.

NO cast, Rowland e uma habitue de Perry e mao da mais do que aquilo, o lado de poder que nunca existe, e um Rhodes que apareceu em filmes afro americanos de primeira linha mas que perdeu espaço e aparece agora num filme que faz corar os seus filmes anteriores. Pessimo.

O melhor - Acharmos a determinada altura que é uma satira


O pior - Nunca teve essa intenção


Avaliação - D-



Friday, February 23, 2024

Robot Dreams

 Todos os anos quando sao anunciados os nomeados para melhor filme de animaçao e comum estar na lista um filme europeu com um conceito mais independente que chama a atençao em festivais mais pequenos. O filme que este ano conseguiu esse ponto foi esta produçao espanhola sobre a amizade de um cão e um robot, passado numa distante Nova Iorque, um filme mudo de animaçao tradicional que conquistou a critica e teve na nomeaçao para o oscar da especialidade o seu maior trofeu. Do ponto de vista comercial os resultados foram moderados para todos o universo, ou nao fosse um claro filme independente de animaçao.

Sobre o filme confesso que o mesmo começa bem na forma como a ligaçao entre as duas personages principais se vao ligando e acima de tudo os elementos culturais que o filme acaba por dar principalmente no que diz respeito a Nova Iorque. COm a separaçao o filme perde um pouco da chama com os sonhos de cada um com as novas personagens o filme fica mais circular, com bom coraçao, mas talvez com mais dificuldade na sua intensificação

No que diz respeito ao estilo, apesar de tradicional nao e propriamente original, bonecos maioritariamente 2d bem desenhados mas sem uma expressao criativa muito forte, ficando muitos dos pontos ligados ao momento em que o filme consegue ter alguns aspetos culturais daquele tempo como marcas e musicas. Mas acaba por ser pouco principalmente comparado com outros produtos europeus de animaçao que conseguiram esse impacto

Por tudo isto este filme marca o seu apontamento, e dos filmes de animaçao aquele que acaba por ser mais de autor, mas ja vimos produçoes com os mesmos objetivos bem mais fortes. O excesso de silencio e uma duraçao que excede a hora e meia de uma forma circular tira algum ritmo a um filme que na maior parte do tempo tem uma boa ideia mas que a repete.

A historia fala de um cão que se sente sozinho e compra um robot o qual depois de o montar se torna seu amigo, com quem depois acaba mais tarde por se afastar apos um tragico acidente em Connay Island e começa os sonhos de cada para se tentarem encontrar.

O argumento tem pontos emocitivos, na tentativa de ambos procurarem a felicidade depois de ficarem afastados. A forma como o mundo dos sonhos e da memoria entra no filme e interessante mas a opçao por um filme mudo e lento tira algum impacto ao que acabamos por ver.

Na realizaçao o projeto foi assinado por Pablo Berger um veterano realizador basco de filmes espanhois, que acabou ter aqui o seu filme mais reconhecido e uma nomeaçao para o oscar num filme que nao e propriamente muito original no tipo de animaçao que usa, mais na ideia, de uma obra que marcara a sua carreira.

Sendo um filme sem dialogos nao tem qualquer analise de vozes.


O melhor  - TOdo o filme até a separaçao

O pior - Perde algum impacto emocional com a constante oscilaçao de sonhos e realidade


Avaliação - C+



Wednesday, February 21, 2024

LIft

Depois de um ano em que a Netflix teve longe dos grandes sucessos comercias, repetindo formulas, ficou a ideia que 2024 sera um ano de mudança na estrategia, pelo menos assim foi anunciada, se bem que numa primeira instância percebemos que tudo começou da mesma forma com uma grande produçao liderada por Kevin Hart como um alegado mastermind do crime com um elenco de luxo. O resultado critico ficou muito aquem, se o resultado ate acaba por ser o normal para o habitual Hart, tendo em conta o restante elenco e essencialmente o excelente cast esperava-se mais. Comercialmente Hart e sempre um valor seguro para a operadora.

Sobre o filme posso dizer que me surpreendeu na formula, nao ter um Hart imbecil, mas o lider de uma estrutura criminosa e algo diferente embora em tudo o resto tenhamos o tipico filme de açao cheio de fogo de artificio que normalmente temos como padrões netflix que rapidamente se esvazia pese embora conhecemos quase todos os atores que entram no filme para quase nada, num autentico despredicio de talento.

SObre a trama o habitual no jogos do gato e do rato, com os twist que parecem ser surpreendentes mas que se denunciam desde o inicio. Outro do problemas e que pensando que se trata de um filme de Hart esperamos um humor presente, quando aqui quando surge fica descontextualizado e algo com a ideia que so aparece como um desabafo ja que me parece que o filme quer ser mais de açao do que uma comedia parva.

Por tudo isto, e mesmo perante uma produçao elevada com poucos erros e com o assumir que se trata de um filme grande resolve um filme que da pouco para o investimento. Um Italian Job de segunda linha que tenta trazer um grupo que nunca o é, e uma comedia de açao que fica sempre um pouco longe, do que de melhor ja se fez em filmes de golpe.

A historia segue uma equipa da interpol que apostada em tentar dar um golpe a um periogoso terrorista contrata um grupo de criminosos para os ajudar nesta tarefa com a possibilidade de ficarem livres de todas as acusações, embora pareça uma missao impossivel.

No argumento temos o tipico filme de golpe, com os cliches do grupo, mas essencialmente com as piadas de Hart e a homenagem a Missao IMpossivel, num filme de segunda linha, com pouca novidade em qualquer um dos elementos que quer ser.

Na realização F Gary Gray voltou ao lugar onde foi feliz pois percebe-se totalmente as influencias do seu Italian Job, o filme mais conhecido, depois de uma carreira que foi caindo em dimensão comercial, o qual teve em Straight Outta Compton o seu filme mais mediatico, voltando a ser o tarefeiro da maior parte do tempo.

No cast temos Hart ligeiramente mais serio, mas nota-se o desconforto num ator, claramente mais comico. De resto um cast recheado de figuras conhecidos em personagens pouco ou nada trabalhadas, que vale pela dimensão comercial, mais do que pelo que potencia nas respetivas carreiras.


O melhor - A produçao ser elevada.

O pior - Hart nao e um heroi de açao


Avaliação - C-



Monday, February 19, 2024

All of Us Strangers

 Desde os seus primeiros visionamentos que ficou logo a ideia que este particular filme seria o marco independente do ano, devido as excelentes avaliações, mesmo para um filme pequeno. Pese embora esse lugar o filme não conseguiu ter dimensão esperada comercial para o impulsionar para os premios maiores, e o resultado acabou por ficar aquem nas nomeaçoes.

Sobre o filme podemos dizer que é um daqueles filmes surpreendentes que a marca do tempo poderá dar-lhe uma dimensão bem superior à que o imediato lhe deu. Temos o lado surpreendente do seu final, num dos twists mais originais que à memoria, num filme que acaba por surpreender de principio a fim na sua duração, elencado em interpretações de primeira linha, com um excesso de sexualidade que por vezes pode surpreender mas que no final tem a sua justificação.

Por tudo isto fica a ideia que este é um dos filmes mais originais, estranhos e surpreendentes do ano, essa capacidade de ao mesmo tempo ser original na abordagem de base, mas também de conseguir ter uma mensagem por um percurso nada normal só esta ao alcance de filmes de primeira linha. O tempo poderá ter sido o maior adversário da historia, pois fica claramente a ideia que será um filme que a historia o colocara num lugar bem melhor do que o atual.

Temos um filme com um tema claro, com uma agenda queer assumida, mas que ao mesmo tempo consegue ser um filme sobre muito mais, sobre luto, sobre oportunidades, sobre o que deixamos por fazer, filme esse pensado e trabalhado para ter ainda momentos em que dão a volta ao espetador para o deixar com a boca aberta na sua fase final.

A historia fala de um homossexual algo isolado do mundo social, que vive marcado pela morte dos pais, com quem vai falando em visitas que faz a sua terra natal e onde vai dando a conhecer os aspetos da sua vida de hoje, enquanto inicia um envolvimento intimo que podera mudar toda a sua formula de vida.

No que diz respeito ao argumento, é uma das abordagens mais originais e um dos melhores argumentos do ano, não só na ideia de base mas na propria concretização dos seus momentos e dialogos. A personagem central e bem escrita e alimenta um filme curioso onde o final e a cereja em cima do bolo.

Na realizaçao temos Andrew Haigh um realizador com pouca dimensão em Hollywood que ganhou com este filme um respeito critico e uma dimensão que lhe colocarão os holofotes em outros trabalhos. Todo o trabalho estético neste filme vai para surpreender o espetador, e isso acaba por ir de encontro aos objetivos do filme.

No cast o filme é dominado por Scott num dos melhores papeis do ano que merecia mais atençao na temporada de premios, porque é um barometro qualitativo. A forma como o filme cresce com a personagens e os seus momentos deve-se a qualidade desta interpretação. Ao seu lado um Mescal que vai variando personagens exibido recursos e uma Foy sempre intensa que merecia mais destaque.


O melhor - A forma como o filme baralha o espetador dando sentido a tudo.


O pior - Fica a ideia que a sexualidade ocupa um espaço que poderia ser trabalhado numa outra dinamica de casal


Avaliação - B+



Sunday, February 18, 2024

Upgraded

 Assim como a Netflix a Prime uma das aplicações mais ativas dos ultimos tempos não quis ficar atras e lançou a sua comedia romantica do dia dos namorados, inspirada numa especie de o Diabo Veste Prada em formato galerias de arte protagonizado por Camila Mendes, uma habitue de series juvenis. Este filme teve a receção critica esperada, marcada pela mediania, sendo que comercialmente preencheu um espaço proprio num limitado tempo, sem muito poder para alcançar grandes resultados depois disto.

Sobre o filme temos o tipico filme romantico com poucas ou nenhumas ambiçoes neste particular, temos uma personagem que do nada tem a oportunidade de ser o centro de dicisao e que o acaso o leva a um rico pretendente que acaba por ser a chave do sucesso. O filme tenta ser engraçado com algum humor fisico e circunstancial, mas que acaba por nunca ser verdadeiramente engraçado,  e mesmo a irreverencia das personagens acaba por ser um pouco inocuo para os objetivos comicos do filme.

Mesmo em termos emocionais existem filmes que consegue espelhar melhor a quimica entre as personagens no crescimento da relaçao o que neste caso acaba por ser tudo muito rapido porque o filme quer jogar ao mesmo tempo no crescimento da relaçao e no crescimento profissional e as suas ambiguidades, o que torna o filme pouco dinamico, pouco empatico, mesmo alongando-se para alem da tipica hora e meia de duração.

Fica a ideia que a Prime nao escolheu particularmente bem a sua historia de amor, que podera convencer alguns fas principalmente de Riverdale ao ir buscar a sua protagonista, mas por outro lado fica a ideia que nem em termos de filme romantico, muito menos em comedia o filme consegue cumprir os objetivos minimos para ser funcional, acabando por ser mesmo no genero um simbolo de mediocridade.

A historia fala de uma estudante de arte, perdida no tempo e em casa da irma que numa apresentaçao da sua empresa acaba por ser selecionada para uma viagem a Londres, onde acaba por conhecer um herdeiro de uma fortuna valiosa nada mais nada menos dos quadros que vao ser leiloados e cujo o seu trabalho deve ser bem avaliado.

Em termos de arguemento o filme não é particularmente feliz em nenhum dos dois pontos que quer tratar, em termos de romantisco, embora visualmente o filme tente ser carinhoso, fica a ideia que muitos passos foram ultrapassados. No ponto de vista do lado profissional fica muitas personagens por explorar, num filme que nem comico consegue ser.

Na realizaçao do projeto, normalmente as aplicações entregam este tipo de projetos a colaboradores habituais das series, neste caso a uma atriz a tentar ser mais que isso. O filme nao e propriamente elaborado, aproveita alguns pontos de uma Londres mais bonita mas pouco mais.

No cast Mendes e talhada para comedias romanticas juvenis embora ainda nao tenha demonstrado mais que isso, o filme encaminha-se para o seu estilo, da alguns pontos no balanço com Tomei mas pouco mais num filme que tambem nao e palco para interpretaçoes de primeira linha.


O melhor - Londres e um bom cenario para filmes romanticos.

O pior - Fica a ideia que o filme passa ao lados dos objetivos minimos


Avaliaçãio - D+



Saturday, February 17, 2024

Perfect Days

 Quando se fala em Wim Wenders fica sempre a ideia de um paralelismo constante entre o cinema e a musica, mas talvez sempre a sensação que a carreira que ele desenvolveu foi sempre algo distante daquela que se vaticionou quando ele surgiu como um marco do cinema europeu. Depois de anos em que quase não se ouviu falar dele regressou no festival de Cannes numa produçao japonesa, que acabou por funcionar no festival e obter o reconhecimento que lhe faltava faz anos, conseguindo inclusivamente a nomeaçao para o oscar de melhor filme estrangeiro. Comercialmente este tipo de filmes tem sempre objetivos curtos, embora em termos globais os resultados tenham sido competentes.

Sobre o filme podemos dizer que é um filme sobre uma personagem sem grandes dialogos que o segue ao longo dos dias, da sua rotina que parece triste mas que o torna numa pessoa feliz nas suas pequenas coisas. O filme consegue transmitir essa felicidade das pequenas coisas, ajudado pela particularidade de um Tokio organizado, e acima de tudo pelas diferentes virtudes de uma cidade que acaba por a co protagonista do filme.

Nao e um filme facil de entrar, principalmente porque o mesmo não tem uma narrativa propriamente dita, tem uma serie de acontecimentos que vao alterando a rotina da personagem, que tem as suas vivencias definidas, mas e indiscutivel que o filme consegue criar uma quimica e uma empatia por personagem tao silenciosa mas ao mesmo tempo tao empatica. E daqueles filmes que joga bem com o fator novidade cultural e acima de tudo com a forma como liga a musica e o cinema.

Nao sendo uma obra prima, ja que na maior parte do tempo efetivamente nada acontece, limitando-se a uma documentario sobre o dia de uma pessoa que limpa casa de banho em toquio, mas que aos poucos vai nos dando a personagem em pequenas vivencias. E um filme curioso mais que brilhante, mas demonstra que muitas vezes nao tem que existir muito para os projetos funcionarem.

A historia fala sobre o dia a dia rotineiro de um individuo que tem como funçao limpar as casas de banho publicas em TOkio e como o mesmo acaba por viver uma vida solitaria e silenciosa numa grande cidade sem que isso nao o iniba de ser feliz.

O argumento não e propriamente muito elaborado, temos uma premissa que o filme explora ao maximo, com detalhe, mas nao temos uma intriga propriamente efetivada. Temos uma mensagem que passa, mas em termos de filme não temos dialogos ou propriamente uma intriga que diferencie.

Na realizaçao WIm Wenders e uma figura iconica de um universo pop, que tem aqui um filme diferente, num contexto cultural estranho ao seu crescimento mas que se denota ter sido estudado para ser potenciado na ligaçao ao espetador. E um filme de um realizador particular, que neste caso acaba também por ser o veiculo de proximidade ao espetador.

No cast o filme e um monologo silencioso de Koji Yakusho um ator reconhecido no Japao que tem aqui um papel referencia para a sua carreira pela forma como as suas expressoes tão a batuta do filme, numa prestaçao bastante interessante que poderia merecer mais atençao na temporada de premios ainda para mais quando o filme e basicamente ele.


O melhor - A beleza das pequenas coisas.

O pior - Na segunda hora modifica a rotina e ai pedia-se algo mais


Avaliação - B



Friday, February 16, 2024

Players

 O dia dos namorados é sempre uma epoca onde estudios de uma forma geral e principalmente as comunidades de streaming começaram cada vez mais a lançar os seus produtos, normalmente filmes menores, comedias romanticas de desgaste rapido, como apenas para fazer check no evento. A netflix deu o protagonismo a uma das suas colaboradoras Gina Rodriguez e os seus filmes romanticos habituais. Em termos criticos a mediania habitual, sendo que comercialmente sera um filme que estara presente uma ou duas semanas no top e depois vai desaparecer sem muita gente se lembrar.

Sobre o filme podemos dizer que temos a tipica comedia romantica do amigo que afinal gosta da protagonista, mesmo ajudando-a a encaminhar para outro lado. O filme funciona em alguns momentos comicos principalmente no grupo e em secundarios, sendo totalmente previsivel no restante, no que diz respeito ao processo amoroso e como tudo acaba. Fica a ideia que atualmente Rodriguez e uma J Lo de inicio de carreira com filmes low budget.

Parece claro que investir em filmes dos dia dos namorados nao e uma opçao muito racional para um dia ou uma semana, dai que se perceba o repetir dos truques e acima de tudo da ligeireza do filme, o qual e totalmente incapaz de ir para alem de preencher este espaço, já que não tras nada de novo, para alem de uma quimica forçada mas razoavel entre o duo protagonista, e algumas piadas, adultas ou nao nos personagens secundarios.

Assim o  tipico filme do dia de são valentim, com os valores romanticos idilicos assumidos, uma produçao baixa, sem grandes estrelas, com as figuras mais conhecidas nos seus estilos tipicos numa serie de parametros proxima da populaçao americana como Nova Iorque e basebol.

A historia segue um grupo de amigos que trabalha juntos que tem uma formula de conseguir conquistar flirts amorosos rapidos com planos concebidos ao minimo detalhe, o qual se junta para um plano maior depois da mulher do grupo se apaixonar por um conhecido romancista que parece ser o sonho de qualquer mulher.

O argumento tem os tipicos cliches romanticos na base narrativa tipica da amizade que afinal e o amor. Em termos de complementos o filme tem um humor que muitas vezes é engraçado, nos elementos secundarios embora inconsequente, e um filme previsivel que nao consegue ir alem do seu objetivo unico.

Na realizaçao do projeto temos uma desconhecia Trish Sie que tem aqui uma aposta da Netflix depois de ter sido tarefeira em filmes de estudio em desgaste supremo. Sabe aproveitar Nova Iorque e pouco mais num tipico filme que nada coloca sobre os ombros da sua realizadora que apenas deve deixar o sentimento fluir.

No cast Rodriguez conquistou um espaço proprio em Hollywood muito neste tipo de comedia simples, que e o seu genero, tendo aqui a seu lado um conjunto de atores a procura de espaço, mas que vai resistindo em filmes simples como estes enquanto aguardam oportunidades mais fortes.


O melhor - Os irmãos secundarios no seu efeito humoristico

O pior - Os cliches estão todos presentes na mesma linha


Avaliação - C



Thursday, February 15, 2024

Anyone But You

 É comum na época de Natal existirem alguns filmes, com objetivos meramente comerciais de forma a preencher o espaço nas salas de cinema no período de ferias grandes. Um desses projetos foi esta comédia romântica com uma dupla de protagonistas do momento, com um realizador típico deste tipo de projetos. Criticamente a mediania esperada acabou por ser o prato do dia e comercialmente o filme beneficiou de ser um filme mais ligeiro numa época de filmes mais densos, o que acabou por lhe dar competente resultado.

Sobre o filme temos a típica comedia romântica do odio ao amor que já vimos dezenas de vezes nos mais diversos contextos. Aqui temos a mudança para o estilo cultural australiano, dois atores próximos do publico mais jovem, alguma sexualidade para resultar no típico produto comercial, que acaba por ficar muito aquem do que ja vimos com a mesma historia, com outra produção e principalmente com mais química entre os interpretes.


O filme tenta sempre ter mais graça do que realmente tem quer no lado sexualizado, quer no lado dos animais, quer nos momentos em que tenta ir buscar os veteranos para momentos de humor para os quais estes nunca realmente estiveram vocacionados. Por tudo isto surge como principalmente ingrediente alguns momentos cliché de comedias românticas e principalmente o espaço físico de Sydney que normalmente não conhecemos.

Assim um filme simples para ocupar espaço, com todos os ingredientes já utilizados em estilos semelhantes, com um casal ok em termos de química mas longe do que de melhor já vimos, mas acima de tudo um filme que procura tornar leve o que nem sempre acaba por ser engraçado, mas com um propósito claro que era ocupar o espaço do cinema simples que acaba por fazer.

A historia segue um casal de pessoas solteiras com dificuldade em assumir uma relação séria, os quais depois de uma noite juntos acabam por começar a odiar-se numa serie de mal entendidos que vai ficar ainda pior quando ambos embarcam para a Australia de forma a participarem num casamento de pessoas proximas de ambos.

O argumento segue a serie de cliches que ao longo do tempo foi sendo criada em comedias romanticas do odio ao amor. As piadas são as de sempre, algumas das quais pouco conseguidas, num filme que ja vimos, e melhor em tudo do que este que acaba por ter os cliches das comedias atuais e pouco mais.

Will Gluck foi um realizador que surpreendeu no seu Easy A, que foi ganhando uma fama de estúdio, a qual foi posteriormente perdendo principalmente depois do falhanço total que foi o filme Annie. Aqui tenta recuperar o tempo perdido, mas parece ir ter a casa de partida, muito longe do conceito que ja tinha atingido.

O filme foi buscar dois atores da moda para este filme que nada exige dos mesmos para alem da sua presença. O filme é apenas isso para eles Sweeney e a adolescente irreverente do momento, que não nos parece potenciada para este registo, Powell ainda é pouco mais do que um Ken, e o filme não altera nenhum destes conceitos de ambos.


O melhor - Não tenta ser mais do que uma simples comedia romantica.

O pior - Ja vimos o mesmo corpo com muito mais graça


Avaliação - C-



Tuesday, February 13, 2024

Radical

 Num pais cada vez mais forte no mercado global do cinema, as escolhas do Mexico para o oscar de melhor filme internacional tornou-se cada vez mais uma competiçao forte, sendo que este drama que acabou por vencer o premio do publico do carismatico festival de Sundance acabou por ficar num segundo plano, numa escolha que acabou por nao ser feliz e deixar o mexico sem a esperada nomeaçao. Criticamente este radical foi bem recebido sendo que comercialmente a proximidade do publico conduziu a uma forte distribuição nos EUA que conduziram a uma boa performance comercial.

Sobre o filme podemos dizer que temos um drama emotivo ao maximo, sobre a adversidade de ser professor num contexto social marcado pela pobreza e criminalidade e acima de tudo a empatia criada entre os alunos e um professor com metologia diferente. O filme tem valores e é impactante emocionalmente embora muitas vezes vista a pele de telenovela sul americana na exploração basica de sensações.

A historia ao ser real é motivante o filme sabe disso, principalmente na historia da jovem Paloma que se tornou um coqueluche mexicana, de resto nota-se a preocupação do impacto total da historia, mas isso não retira a força emotiva da historia que esta a ser contada, que fica associada a empatia de Deberez tem criado com os espetadores depois de anos de comedia, e que encaixam na mensagem que o filme quer transmitir.

Por tudo isto temos um filme familiar, um daqueles filmes sobre acontecimentos reais que mais do que uma abordagem diferenciada querem intensificar a mensagem subjacente e os feitos envolvidos como se uma novela se tratasse. A boa caracterizaçao social e de pobreza ajuda no impacto inegavel que o filme tem junto dos espetadores, embora como objeto artistico seja um filme de processos simples.

A historia fala de uma turma numa escola basica mexicana com muitos problemas sociais, que com a chegada de um novo professor com metodos diferenciados acaba por cativar os alunos parta sonhar mais que o contexto onde estão envolvidos.

O argumento tras uma historia real de impacto, tratado como se uma telenovela se tratasse de forma a intensificar tudo que o filme tras, mas parece claro que o contexto ficional do filme e trabalhado para isso com parametros normais, mais com o coraçao do que com a cabeça.

Na realizaçao do projeto temos Zalla, um experiente realizador mexicano que em Hollywood tem estado mais associado a televisão do que propriamente a obras proprias. Aqui tem uma realizaçao simples, com pouca abordagem de autor, intensificando as emoçoes que acaba por ser a escolha obvia em termos do filme que quer contar.

Na  interpretação Deberez e uma das maiores figuras do cinema mexicano e um impulsionado do sucesso dos filmes feitos de raiz naqueles paises para a sua expansão fora. Aqui a empatia e a emoçao que sempre transmite nos seus filmes com um lado menos comico mas que passa para o espetador.


O melhor - As emoçoes que o filme dá

O pior - ALgo telenovela nos processos simples


Avaliação - B-



Sunday, February 11, 2024

American Fiction

 Desde o momento em que foi exibido em festivais que a comunidade do cinema teve a certeza que este irreverente filme seria um dos filmes a concorrer na cerimonia dos Oscars quer pela abordagem diferenciada, quer pela tematica e o que é certo é que mesmo não sendo um dos favoritos teve sempre presente e conseguiu chegar ao fim e conseguir nomeaçoes muito importantes embora a possibilidade de vitoria seja curta. Comercialmente um filme sem grandes figuras de referencia acabou por ter um trajeto natural se calhar nao o suficiente para o impulso que outra receita comercial poderia lhe ter dado em termos de visibilidade.

Sobre o filme pois bem temos o tipico filme afro americano sempre presente nestes momentos que não o quer ser. O filme e sobre isso, sobre os esteriotipos do sucesso de filmes sobre a comunidade e acima de tudo a forma como os brancos o vem. O filme adota um estilo irreverente com um nivel de satira inteligente como a pouco nao viamos, com a força de interpretaçoes e argumento de primeira linha, que faz deste um dos filmes mais inteligentes e brilhantemente escritos do ano.

O filme e uma comedia satirica dos nossos tempos, com o lado engraçado de parodiar com uma serie de referencias da cultura afro americana e da forma como repetidante acabam por lançar os seus temas, mas o que melhor funciona no filme é a forma como o filme lida com diversos pontos artisticos que vai desde a escrita ao cinema, numa das melhores comedias dos ultimos anos.

Ou seja um objeto diferenciado, sustentado no argumento original, fielmente trabalhado no detalhe, alicercado em prestações impressionantes dos seus interpretes e uma auto critica que por vezes e dificil de fazer. Nao e o filme mais luminoso do ano, mas e certamente um dos mais competentes, podera sair de mãos a abanar nos oscares, e natural que saia, mas o premio da nomeaçao ja e o reconhecimento de uma obra diferenciada.

A historia segue um conhecido escritos que farto do cliche dos escritores de sucesso que dedicam ao drama dos afro americanos acaba por no meio de muitos problemas familiares escrever sobre pseudonimo uma satira a tudo isso que se torna um sucesso pelos motivos contrarios ao que escreveu.

E no argumento que o filme tem a alma e a sua diferencição a qual começa numa base original, diferente com o nivel satirico no maximo mas que é potenciada num detalhe interessante com situaçoes insolitas e muito bem escritas comicamente e na sua componente satirica, com a cereja no topo do bolo com o seu extraordinario final.

Na realizaçao o filme marca a estreia na realização de Cord Jeffersson depois de anos a escrever principalmente para televisão, e o resultado não podia ser melhor. O filme tem uma estetica naturalista que vive do argumento deixando os outros elementos brilhantes, e quando isso acontece e um sinal de sabedoria em face de tanta qualidade nesses elementos.

No cast o filme é brilhantemente desempenhado pelo sempre competente Wright que da ao personagem os diferentes momentos com a qualidade que sempre nos habituou, numa das suas melhores interpretaçoes. Pode não ser um fogo de vista mas a competencia justificou o reconhecimento. Sterling K Brown tambem foi reconhecido mas aqui mais pela diferença da sua interpretaçao comparado com a carreira do que pela dificuldade do papel.

O melhor - O argumento


O pior - Visualmente poderia ter sido mais arrojado


Avaliação - B+



Saturday, February 10, 2024

Orion and the Dark

 Se existe genero que ao longo do tempo a Netflix tem tido algum sucesso são nas suas apostas menos comerciais no mundo da animaçao, embora a sua apresentação para este inicio de ano seja uma produçao da Netflix escrita por CHarlie Kaufman sobre a infancia e os medos. O filme que estreou num mês algo atipico conseguiu chamar a si boas criticas, que fazem pensar se não seria uma melhor aposta entrar ainda na luta pelos premios. Comercialmente a Netflix tem sempre os seus bons momentos em termos de resultados mas não e propriamente um filme para uma explosão comercial.

Sobre o filme em si, quem conhece bem o cinema de Kaufman pode ficar surpreendido com o facto dele tentar fazer um filme para crianças, e o certo é que os truques metaforicos do filme acabam por ser algo complicados para o filme, este começa bem apresentando de uma forma muito detalhada a ansiedade infantil, mas a forma como o filme se desenvolve acaba por nem sempre ser impactante e um pouco confusa, numa especie de Inside Out com menos qualidade.

Claro que o filme depois tem truques que acaba por ser toques de diferenciação onde surpreende o espetador como o lado geracional, mas acima de tudo na forma como consegue dar alguns toques de filosofia da existência e da prespetiva. O problema do filme acaba por ser a sua concretização e narrativa central onde parece ser algo confusa onde quer chegar.

Fica assim um filme com algum simbolismo, arriscado e em alguns momentos originais, mas que se confunde a si proprio em algumas eloquencias. No cinema de animaçao de base e que quer ter os mais pequenos como publico necessita-se mais simplicidade ou alguns procedimentos que acabem por fazer dos filmes mais diretos na mensagem que passe para mais que bons momentos tudo se torne num bom filme.

A historia segue Orion um pequeno com medo de quase tudo que de repente tem encontro com um dos seus maiores medo o escuro que o leva numa viagem por todos os poderes da escuridão de forma a alterar prespetiva, em algo trangeracional.

O argumento do filme parte de um pressuposto interessante, utiliza muitas vezes bem a originalidade das abordagerns de Kaufman mas torna-se muito confuso e isso tira algum do impacto da mensagem. Fica a sensação que por vezes processos e uma linearidade narrativa poderia nao impressionar tanto mas poderia ser mais funcional.

No cast a realizaçao foi entregue a um colaborador habitual em filmes de animaçao de grande estudio que tem aqui a sua estreia. O filme nao e propriamente muito trabalhado ou esteticamente diferenciado, acabando por ser um normal filme de estudio que não perde por este lado, mas não é um apontamento, salvo alguns pontos iniciais, que o difefrencie.

No cast de vozes as principais foram entregues a Tremblay dedicado nos utlimos tempos com o seu crescimento a este tipo de tarefa, mas acaba por ser Walter House o que melhor encaixa na personagem do escuro, pela particularidade da sua voz.


O melhor - O lado de geração para geração

O pior - O filme perde-se e torna-se confuso no seu desenvolvimento


Avaliação - C+