Thursday, March 29, 2007

Chaos


Starring:
Jason Statham, Ryan Phillippe, Wesley Snipes, Justine Waddell
Directed by:
Tony Giglio (II)

Cada vez mais tem sido frequente as distribuidoras lançarem produtos algo imprevisiveis no mercado europeu, para depois decidir a postura que o filme ira ter para enfrentar o mercado americano. Foi isso que aconteceu com o recente estreado em portugal caos. Um policial cheio de acção que extreou primeiro na europe e so la para o verão devera chegar as salas dos EUA. O bem deste tipo de estreias é que normalmente chega aqui sem qualquer tipo de informação, como que uma autentica caixinha de supresas. E desde já é necessario salientar que se trata de um filme de asção tipico, forte do ponto de vista de ritmo mas limitado no sentido de originalidade, e premissa, alias a ligação com a teoria do caos, que a partida poderia dar um sentido mais metafisico ao filme, acaba por pouco ou nada alterar no comum dos filmes de policia e ladrao.
O argumento é intenso e consegue atingir o seu principal objectivo, interter com uma historia agradavel, recheado de twists, se bem que estes sejam um pouco provaveis, contudo o filme acaba sempre por atingir os seus limitados objectivos, talvez por eles nos parecerem claramente reduzidos e pouco ambiciosos.
A historia leva-nos para um puzzle que consiste num par de policias com a ambiçao de encontrar o ladrao,. jogo do rato e gato, com muitas peças soltas que ao pouco vão se unindo e o que parece sem sempre é. Algumas ligações do filme sao debeis mas no geral o filme parece bem montado.
O argumento do filme acaba por ser positivo enquadrado em algumas limitações do argumento que existem na sua maioria para tentar sustentar os constantes twists e agradar e surpreender o espectador se bem que na maioria ele ja espere estes aspectos.
A realização é fraquinha, cada vez mais os filmes de acção estão dependentes da espetacularidade com que o filme e realizado e produzido, e neste particular estamos claramente em devisões inferiores do cinema norte americano.
O cast e recheado de acotres tipicos nos personagens encarados principalmente Statam e Snipes habitues nos filmes de acção puros e que desempenham ao seu nivel no filme. Ja phillipe actor em ascendente em Hollywood, tem uma prestação mediano, e que de alguma forma interrompe a ascensão que o jovem actor parecia fazer no cinema actual.
Enfim um objecto de acção para desfrutar sem agradar

O melhor - O filme arriscar em algumas opçoes do argumento sem nunca por em causo o filme como todo.

O pior - A produçao super modesta do filme

Avaliação - C+

Monday, March 26, 2007


Letters from Iwo Jima - Cartas de Iwo Jima




Só um autor que esta no topo do cinema pode se dar ao luxo de um projecto tão grandioso como o que Eastwood se propos este ano, fazer duas grandes produções sobre a batalha de Iwo Jima, demonstrando como bom analista que é os dois lados. O maior risco da produção era mesmo a ambição, os filmes prometiam sucesso, fama e acima de tudo reconhecimento, contudo Flags of our fathers não foi o sucesso que se esperava, sendo respeitado, mas longe da aclamação critica que se esperava, o espirito anti americano, a falta de coração tingiram uma obra brilhante que era muito mais que um filme de guerra, mas sim um filme sobre a generalidade de uma regra. Contudo o risco era maior no segundo filme, totalmente falado em japones o filme ia dar o lado dos enimigos dos EUA, algo que raramente se viu em Hollywood, e com este filme mais que ter conseguido a aclamação critica que nao tinha conseguido em bandeiras dos nossos pais, Eastwod completa uma obra que teria, caso fosse agregada num unico filme para o topo do que o cinema produziu, pois mais de que um filme brilhante Letters from iwo jima, completa perfeitamente A bandeira dos nossos pais.

Eastwood é neste momento o nome mais forte do cinema actual, se em Bandeiras dos nossos pais, Eastwood mostrou um filme racional, moralista com dinamica politica e acimade tudo numa produção inovadora e brilhante, Letters from Iwo Jima incide naquilo que o outro peca, ou seja coração, o filme e sentimentalista, profundo, forte chocante capaz de provocar uma panoplia de sensação no espectador, filme para ser amado mais que respeitado, com a mesma qualidade produtiva do primeiro.

Eastwood nao teve medo de quebrar mitos, fazer dos EUA vilões, de tocar em sentimentos, mesmo que para isso pagasse com resultados de bilheteira menor, mas penso que isso ja nem entra nas contas de um autor que apenas trabalha para abrilhantar uma carreira inegualavel. Eastwood ganha em toda a linha o risco e a aposta nestes titulos, demonstra ser completo, conseguir ser bom com ou sem grandes produções e completar todos os pontos que um espectador deve tocar.

Como um filme so, os dois são perfeitos, como filmes separados são quase, e neste caso As cartas falham em algum predominio exagerado da emoção e alguma falta da racionalidade, demasiado poetico em determinados momentos, que retiram o caracter factual que o filme parece querer ter.

O argumento de Haggis é muito bom, demosntrando as qualidades narrativas do autor, capaz de reunir filmes emocionalmente fortes com personagens complexas e interessantes, nas mais diversas areas e generos, talvez o filme peque por falta de moratoria assumida, aspecto ate ao momento sempre presente nos argumentos do realizador, mas fortalece como nunca a expressão de sentimentos.

Sobre Eastwood, pouco ou nada há a acrescentar, como ja tinha demonstrado em Bandeiras dos Nossos pais, dá nos algumas das imagens mais belas e marcantes dos ultimos anos cinematograficos, capaz de empenho fisico impressionanete e uma dinamica forte, conseguindo atingir o topo de uma carreira que se torna cada vez mais dificil de percepcionar, talvez so a morte de Eastwood nos podera mostrar a o qualidade impensavel da sua obra.

O cast demosntra toda a coragem do realizador, ao fazer apenas o filme com actores japoneses, com todos os inconvenientes de bilheteira que isso poderia ter, para liderar o cast o actor japones do momento Watanabe, um actor fantastico que nos fornece um papel ao seu mais alto nivel, e que consegue neste momento entrar e ser primeira escolha para os grandes filmes do pais do sol nascente. Mas a grande revelação acaba por ser Ninomya um perfeito desconhecido, o jovem japones preenche o ecra com uma das interpretações mais intensas do ano, o que deixa alguma expectativa sobre o caminho que a sua carreira ira tomar depois de um arranque fabuloso.

Enfim uma obra prima, que ao se unir ao seu antecessor nos dá uma das obras mais singulares da historia da 7 arte


O melhor - A realização de Eastwood, imagens brilhantes


O pior - Alguma dimensão romantica demasiado irracional em alguns momentos


Avaliação - A-

Sunday, March 25, 2007


Fearless




Os filmes de artes marciais nos ultimos anos sofreram uma mutação que de alguma forma os tornou algo desconhecidos, comparando com aquilo que todos estavamos à espera. Um genero que reinava principalmente no cinema oriental foi tomada por um filme de costumes asiaticos, com toques de artes marciais, onde contudo as lutas nao eram o ponto maximo dos filmes mas sim historias e narrativas apaixonantes. Um dos actores que teve nos dois momento foi Jet Li actualmente talvez a maior estrela dos filmes de artes marciais chineses, tenta com este Fearless voltar a velha maxima dos filmes de artes marciais, onde escolas entram em desputa, e honra e vingança sao temas centrais.

è obvio que este terreno e limitado por natureza, ou seja normalmente os argumentos sao preteridos pela coreografia das sequencias de acção e acima de tudo no contexto que as rodeia, o que normalmente conduz a filmes algo mediocres do ponto de vista narrativo e que poe totalmente a avaliação noutros parametros.

E parece-nos ser aqui que o filme mais falha, ou seja se do ponto de vista das coreografias o filme acaba por comprir sem ser muito inovador neste parametro, ja do ponto de vista dos cenarios e da dimensão da produção o filme parece-nos longe das grandes produções da China e Tawian, com cenarios comparativamente pobres.

E acima de tudo o que acaba por traduzir alguma mediocridade do titulo e a limitação de historia e argumento, a historia é basica em algumas ligações sem sentido.

A historia e a comum nos filmes de artes marciais duas escolas rivais, morte vingança e acima de tudo combates prolongados, ou seja o ideal para os amantes deste genero mas claramente insuficiente para aqueles que de alguma forma nao têm um genero preferido.

O filme acabou por generalidade ser bem aceite criticamente e pelos espectadores, contudo parece-nos que o fas do genero estavam sedentos de obras nesta direcção valorizando titulos que a partida poderia não ser tão aceitaveis.

O argumento do filme e na globalidade extremamente pobre, com os conteudos basicos do genero mas com poucos aditivos, ou seja restringe ao maximo os pontos de valoração que poderia ter, centrando tudo em volta dos combates, mesmo no que respeita as personagens os seus motivos e motivações são quase sempre incognitas ou pouco diferenciadas

A realização de Yu, funciona como redenção, de um autor comum neste tipo de filmes mas que como se vendeu ao genero de terror de Hollywood, mais concretamente em Franchising gastos como Chucky e Freedy vs Jason, que resultaram em titulos completamente ridiculos, em todas as dimensoes, e ao qual nem o indie Formula 51 pode salvar uma passagem destrutiva do realizador pelo cinema de Hollywood. Este regresso demonstra uma tentativa de realçar a carreira no genero de origem, onde melhora claramente os registos mas neste filme parece-nos aquem do nivel desenvolvimental que o genero adquiriu, mesmo assim ressalva-se a qualidade na realização de sequencias de combate.

O cast, normalmente é um aspecto completamente indiferente neste tipo de filmes, sendo os actores mais valorizados pelas competencias nas artes marciais do que na capacidade interpretativa, e neste particular JET Li esta como peixe na agua cumprindo na totalidade aquilo que lhe é exigido mesmo que seja o minimo.

Enfim o regresso de titulos exclusivamente de artes marciais, mas que questiona se vale a pena filmes tão limitados a nivel de genero.


O melhor - O regresso pode servir de base futura a filmes completos que podem ter como base uma relaçao de generos, sem esquecer os fas deste tipo


O pior - Ser extremamente limitado a nivel de argumento e fluxo narrativo


Avaliação - C

Saturday, March 24, 2007


DOA - Dead or Alive




É quase impossivel encontrarmos na historia do cinema uma adaptação de um jogo de computador que tenha resultado numa boa obra cinematografica, alias normalmente este tipo de adaptaçoes resulta em filmes pessimos com argumentos mal construidos e premissas extremamente basicas que pouco mais nos oferecem do que o limitado mundo dos videojogos, sendo que muitas coisas conseguem destrui premissas ate interessantas. Pois bem este ano, e num ambiente tipicamente asiatico saiu este dead or alive, adaptação de um video jogos de luta para o cinema, depois do que ja tinha sido feito inicialmente com Double Dragon, Street Fighter e mais recentemente na serie Mortal KOmbat.

POis bem se as outras adaptações ja tinham sido más esta roça o ridiculo, com um filme completamente inarravel do ponto de vista de argumento e contruçao, que foi como que adiado nos EUA, servindo a europa como um barometro para o pouco poder do filme, que foi completamente ignorado pelos espectadores e cupiosamente derrotado pela critica.

E inimaginavel o pouco que o filme nos dá, com o objectivo de ser um filme rico do ponto de vista de imagens e sensações, desde logo descobrimos todos os pontos fracos do filme, desde logo o facto de o filme nao ir alem de um simples jogo de computador de KO, sem historia, ligaçoes e personagens, parecendo estas menos complexas do que os bonecos do proprio jogo. Depois o filme tenta ser um exercicio de estilo, tentando dar imagens bonitas de mulheres bonitas, mas o efeito seria o mesmo com imagens menos trabalhadas e acima de tudo menos pateticas.

Porque todo o filme é uma autentica patetice, desde a baixa qualidade e pouco trabalho de um argumento limitado ao maximo, encontramos uma tentativa ridicula de esbarrar em filmes asiaticos onde se trabalha aspectos como honra e relaçoes fortes, alias a unica relaçao forte que o filme consegue estabelecer e do espectador com a beleza das mulher do filmee

O filme centra-se num torneio de artes marciais onde encontramos concorrentes que mais parecem super herois com todos os poderes e mais outros, com historias e relacionamentos fortes sem base nenhuma, alias parece mesmo que a pessoa que idealizou o filme o fez para defecientes mentais que nao fazem ligaçao nem deduçao do que visualizam.

O argumento é uma incognita, o filme pouco mais e do que um grupo de pessoas a lutar sem qualquer sentido, contudo depois tem de se salvar e matar o mau, isto podia ser uma ideia mas neste caso e um resumo largo do conteudo do filme.

A realizaçao tem pontes com as tipicas de artes marciais principalmente nos cenarios e a forma como as lutas sao coreografadas e filmadas, contudo na sua vertente mas pobre que se denota na digitalização e informatizaçao excessiva das imagens e pouca gama de movimentos das lutas.

Tambem no cast as coisas sao negras, ja que se optou por barbies e nao em actrizes, as apostas foram principalmente para Pressly que parece só acentar na magnifica Joy de My Name is Earl, sendo tudo o resto em que toca desastres completos, e a figura bela de Prison Break Holly Vallance, sem experiencia e digamos nenhum jeito para a actuaçao, dao o corpo por um filme em que a interpretaçao e claramente secundaria a sua beleza. Contudo o fracasso completo vem na escolha do pessimo Eric Roberts para vilao numa tentativa de relançar uma carreira toda ela extremamente fraca, felizmente nao estava adormecido o cinema quando apagou actores como este, espero que o seu aparecimento e o sucesso da sua entrada em Heros nao o traga de novo a voga quando estava extremamente bem em repouso.

ENfim mais um atentado ao cinema vindo dos video jogos.


O melhor - As meninas do filme, fisicamente falando


O pior - A qualidade que assistimos deste tipo de adaptaçoes, parecem filmes produzidos para atrasados mentais


Avaliação - D

Friday, March 23, 2007


Notes on Scandal - Diario de um escandalo.




Quando um filme consegue reunir duas nomeações de interpretação para os Oscares da Academia é um prenuncio muito positivo sobre o filme, pelo menos é o que a tradição nos ensina.

E o que é certo é que rapidamente este Diarios de um Escandalo se tornou um sucesso razoavel de bilheteira com um magnifico sucesso critico. A historia prometia polemica e talvez por isso alguma defesa das fracções mais academicas relativamente a este filme, que provavelmente tera impedido voos mais altos deste filme na season de premios, tendo em conta a unanimidade critica que se criou.

Desde logo quando assistimos ao filme a primeira sensação e de alguma estranheza, talvez pela falta de habito de ver Dench em papeis tão densos e electrizantes, mas rapidamente achamos que o filme promete sempre explodir mas fá-lo de uma forma extremamente suave. Dai que quando o filme acaba estamos a meio termo da satisfação, ja que se por um lado o filme é interessante com um enredo capaz de ligar personagens e emoçoes fortes, com coragem de abordar um tema polemico, por outro lado a naturalidade com que o faz, resulta em que o filme se torna mais fraco, menos pesado e assim menos aperciado e proximo do espectador.

O filme aborda o tema da diferença de idades nos casais bem como a solidão, tendo em alguns aspectos assuntos polemicos como a pedofilia, principalmente dentro de escolas, contudo de uma forma disfarçada.

No filme vamos ao encotro de duas personagens, uma idosa professora solitaria que apenas dialoga com o seu diario, e uma jovem professora de arte, casada com um homem mais velho e com dois filhos problematicos que encontra refugio nos braços de um aluno seu de 15 anos, aos poucos vai existir uma aproximaçao entre as duas que rapidamente num emaranhado de descobertas e confissões ultrapassa o terreno da obsessão.

O argumento do filme é forte e intenso contudo temos sempre a noção que poderia estar construido de uma forma mais inquietante do ponto de vista psiquico, principalmente se o confronto entre as personagens se tornasse mais directo e mais declarado, tambem a obsessão de Dench e utilizada e representada sempre com eufemismo, como algo justificativa. Contudo parece-nos que a trama e principalmente a riqueza das personagens sao notorias.

A realização de Eyre vai um pouco ao encontro do que assistimos em Iris, com planos tipicos das personagens, optando por planos curtos das feições das mesmas, mesmo assim observamos um corte na filmiografia do realizador, ao alterar o tipo de epoca para um enquadramento mais contemporaneo do filme, contudo neste particular continua sem arriscar em demasia como ja aconteceu com os seus anteriores filmes.

O cast é completamente dominado pelas personagens centrais, e se Blachet encontra-se algo intermitente no filme unindo momentos algo indiferentes com momentos de explosão interpretativa ao melhor nivel. Dench mesmo sem ter explosões consegue nos oferecer uma das interpretações mais densão coesas e fortes do ano, principalmente se tivermos em atenção a idade da actriz e os requesitos fisicos e mentais da personagem, comprovando que a actriz pode ser extremamente eficaz fora dos filmes de epoca em que é presença habitual. As duas actrizes vêm demonstrar o poderio no cinema actual, sendo que dench conseguiu 6 nomeaçoes para os oscares nos ultimos 8 anos, enquanto que Blachet coleciona a sua 4 em mesmo periodo, ou seja sao as senhoras do momento.

Enfim um filme bom, mas que poderia ser melhor.


O melhor - A interpretação total de Dench e Blanchet nos espaços em que domina


O pior - O tom suave com que o filme vai abordando as tematicas que se propoe.


Avaliação - B-

Wednesday, March 21, 2007


The Number 23




Desde Batman Forever, que Schumacher e Carey. prometiam uma nova colaboração, princiapalmente depois do realizador ter preterido o comediante em deterimento de Val Kilmer para o papel de Homem morcego, acabando por dar o papel de vilão, como consequencia prometera dar o protagonismo a Carey num dos seus proprios titulos. A promessa estava para ser cumprida em Phone Booth, mas a excessiva agenda de Carey impediu, contudo e tendo em conta os ultimos projectos falhados de Carey, pelos seus elevados custos eis que aparece este Number 23, que junta a promessa efectuada com a tentativa de Carey se assumir como um actor todo o terreno. Contudo pela recepção dos filmes dramativos do autor torna-se obvio que o publico nao esta preparado para esta faceta do actor, apesar de a critica nos parecer mais preparada, este Number 23 tambem neste parametro esta longe de ser positiva.

O que nos parece estar acontecer é que esta tentativa de Carey se tornar um actor serio e dramatico estava a ser gradual e normalmente acompanhado por filmes de uma qualidade fabulosa, o que de alguma forma realçou as suas capacidade ja assimiladas, e outras, contudo observa-se um corte radical neste filme com aquilo que ja vimos deste actor, e como qualquer produto revolucionario a ingestao e muito dificil.

è obvio que Number 23 nao e dos melhores filmes de Carey, mesmo quando so temos em mente as suas incursoes dramaticas, mesmo que por instantes o filme seja extremamente confuso, principalmente no paralelismo entre a historia e a historia dentro da propria historia. E que a propria narrativa nao tenha os toques de brilhantismo que poderia ter, mas dai a ser um filme fraco vai uma longa distancia.

O filme traz-nos a historia de Sparrow, um agente de um canil que ve a sua vida transformada quando a mulher lhe oferece um livro enigmatico chamado numero 23, o paralelismo evidente entra a historia dele e da personagem do livro e evidente, e ai começa a obsessão e mais que isso as ligaçoes presente passado, o filme desenrola.se a um ritmo alucianante e acima de tudo numa intriga complexa capaz de prender e surpreender o proprio espectador todo o filme

O enigma esta presente ao longo de toda a narrativa que sem explodir mantem um nivel sempre positivo, respondendo ao pouco as intrigas do espectador.

O argumento peca por ser algo confuso, mas e brilhante na forma como consegue transmitir e contagiar a obsessão traduzida no filme para o proprio espectador, a doentia premissa a volta do numero 23 atinge uma dimensao astronomica e faz rodar o filme, contudo parece-nos por um lado que o inicio do paralelismo e extremamente confuso,e a resolução dos misterios carecem de coesao parecendo que por vezes shumacher opta por atalhos facilitistas que retiram alguma qualidade ao filme.

A realização é rebelde de um realizador tipicamente academico, principalmente nos Flashbacs do livro dentro do filme, com imagens parecidas com comisc e com uma musicalidade e imagens intensas, particularmente nas expressões enigmaticas de Carey.

O cast totalmente controlado por Carey vêm mais uma vez demosntrar a qualidade e multifacetas de Carey, indiscutivelmente um dos melhores actores de Hollywood, talvez demasiado ligado a comedia, mas que consegue atingir niveis maximos de interpretação noutros registos. Apesar de longe do brilhantismo atingido em Despertar da Mente, Carey dá-nos um papel intenso, sempre num registo extremamente positivo, que preenche o filme. Carey apesar de nao estar num bom momento de carreira devido ao seu elevadissimo Cache precisa urgentemente de filmes mais arriscados como este para ficar para a posterioridade no lugar que verdadeiramente merece.

Ja Virgina Madsen aparece num registo mediano, mas que lhe permite consolidar o protagonismo conseguido com a boa interpretação em Sideways.

Enfim um filme dificil, mas que merece que seja visto e aperciado


O melhor - O risco do filme, nao tem medo de arriscar num titulo complicado, e acima de tudo na obsessão que transmite


O pior - Algumas linhas narrativas do argumento confusas e acima de tudo mal sustentadas


Avaliação - B

Tuesday, March 20, 2007


Hannibal Rising - Hannibal a origem do mal


Starring:
Gong Li, Gaspard Ulliel, Ivan Marevich, Aaron Thomas (II), Rhys Ifans
Directed by:
Peter Webber, Michel Pascal (II)

Há muito que já se sabia que a industria do cinema é mais de que uma industria de autores, mas sim uma industria de dinheiro, dai que muitas vezes observamos o desgaste completo de produtos inicialmente rentaveis, contudo raramente os autores originais entram dentro destas artimanhas para continuar a fazer obras com o unico intuito de render dinheiro.
Dai que inicialmente quando Dino deLaurentis se propos a fazer um filme sobre Hannibal Lecter quando era jovem, poucos acreditariam que o seu criador Thomas HArris entrasse em tamanha brincadeira, já que o secretismo em volta da sua personagem mais conhecida era a sua faceta mais amada, para alem de que Hannibal Lecter estaria demasiado ligado a imagem de Hopkins o que por si só condenaria qualquer titulo sequente ao falhanço extremo.
Pois bem Harris, alinhou na loucura, Laurentis, escolheu um quase desconhecido Webber para tomar conta do seu projecto e eis que como ja se previa, o filme resultou num rotundo falhança a varios niveis, os espectadores não quiseram ver motivos na forma romantica que Hannibal tinha de matar, e mais que isso, as razoes apresentadas eram tão debeis que apenas serviam para comprovar o que muitos ja pensavam, uma autentico atentado a toda a luminusidade de Hannibal Lecter.
O filme era dificil, talvez por isso nunca deveria ser projectado, e a sua intençao acaba por ser de todos o aspecto mais negativo, ou seja tentar explicar a origem do serial Killer Lecter, o assassino que apaixonou os cinefilos pela sua intuiçao, pela sua frieza e pelo seu romantismo, aspectos que pareciam natos, mas que este filme tenta comprovar o contrario.
Observamos um Lecter mais parecido com as personagens desempenhadas por Van Damme, ou seja um jovem sedento de vingança, das pessoas que comeram literalmente a sua irma, e depois um a um vai caindo, numa mistura de filme de acção com os tipicos filmes de super herois, so que Lecter nunca foi nem nunca sera para os espectadores um super heroi.
A narrativa escolhida e pobrezinha, com sequencias que tentam transmitir toda a moral da personagem, mas que é conduzida pela tentativa de transmitir a serenidade que Lecter transmitira nos filmes anteriores, alias um dos males do filme foi a personagem estar extremamente semelhante aos anteriores, ou seja parece que em 40 anos nada evolui em Lecter e que a frieza e tiques ja vêm desde sempre. E tudo o resto esta ao seu serviço que de escravos se tratassem.
Alias o livro de Harris e tão fraco como o filme, que nao e mais de que uma tentativa de ganhar dinheiro sem grande trabalho, o que resulta num argumento tãmbem ele debil.
A realização de Webber acaba por ser o ponto mais positivo, melhorando o que Ratner tinha feito em Red Dragon, transmitindo com imagens o poderosismo de Lecter,onde se salienta os focos nos olhares monstruosos de Hannibal, pena e que sejam totalmente desconexos da personagem que nos dão.
O cast era armadilhado, e quase toda a gente sabia disso, ou seja quem quer que aceitasse o papel no filme estaria sempre sujeito a comparações em que sairiam sempre desfavorecidos, dai que não conseguiu chamar a si nenhuma estrela de primeiroa linha. Mas o cast mais dificil e pesado era para encarnar um Lecter poderoso, e também extremamente ligado a Hopkins que fez dele o papel de uma vida e que marcou a historia do cinema, o peso era enorme, talvez o cast mais dificil desde a escolha de Christiensen para Darth Vedder. Pois bem a escolha decai num frances com pouco a perder e desconhecido do grande publico, Ulliel. E a tarefa impossivel tornou-se mesmo impossivel, Ulliel cola-se demasiado aos tiques de Hopkins, com as imprefeiçoes do seu nivel menor de actuação, por vezes a interpretação e tão patetica e imitativa que enerva o espectador, Ulliel demonstrou pequenez, ao nao tentar dar a sua versao de Lecter, imitando Hopkins sem a minima bagagem para o fazer. O vilão tem falta de carisma, Ifans (apenas conhecido como o amigo de Hugh Grant em Notting Hill) tem falta de presença, de carisma nunca conseguindo ser um vilão que aborrece-se sequer a personagem principal.
Enfim um dos filmes que comprova que por vezes pode-se estragar completamente uma personagem ou uma serie com a tentativa de a fazer continuamente render.

O melhor - A brutalidade e a ligação samurai de Lecter, explora positivamente o romantismo do filme.

O pior - O objectivo do filme, completamente descontextualizado daquilo que todos esperavam de Lecter

Avaliação - C-

Monday, March 19, 2007


Black Christmas




Chegamos ao cumulo do terror, se existiu durante alguns anos, defesas relativas ao baixo gosto de fazer terror sobre alguns aspectos, Um desses aspectos foi o Natal, e eis que de repente este anos vimos este apelativo titulo Black Christmas quebrar todas as barreiras do bom senso, trazendo-nos um titulo de terror juvenil onde o tema de fundo é o Natal. Este aspecto inicialmente forte, contudo, passa para segundo plano, tendo em conta a inarravel qualidade de um filme, que é um dos maiores atentados a industria americana de terror ou mesmo generalista, com um filme Horrivel, e que é fraco em todos os promenores, mas acima de tudo que acaba por assustar pela forma como esta feito do que pela historia em si.

Contudo e para mal da industria este filme ainda conseguiu atrair uma serie de adolescentes histericas e que vão alimentando um genero que nos brinda a cada ano que passa com titulos cada vez piores e que nos dificultam visualizar um bom futuro para esta industria especifica. COmo nao podia deixar de ser, e tendo em conta o filme em questão, a critica chegou ao cumulo de nem pontuar um filme tao fraco como este.

A historia é a do costume, uma irmandade reune-se todos os natais na casa de um psicopata onde se sucedeu os crimes, o que de si é tão estupido e ridiculo como infundado e sem qualquer tipo de conteudo, eis que o menino aparece e toca a carnificina total as meninas, com uma violencia extrema, doentia, que ultrapassam em larga escala os limites da bestialidade. Se normalmente criticam os filmes de terror por serem softs, este e o filme ideal vai ao extremo da violencia, c ontudo raramente assusta a nao ser pelo ridiculo de todo o filme, mas principalmente da narrativa seguida.

O argumento é um atentado aos cinefilos, obvio e acima de tudo confuso, perde totalmente a defeniçao de espaço, tempo, relaçoes personagens, todos estes aspectos sao enigmas completos para o espectador, que nao sabem quem sao aquelas pessoas, porque tao juntas e acima de tudo as relações e a força destas, limitando-se a matá-las sucessivamente da forma mais besta e ridicula possivel.

A realização também é ela miseravel, a cor do assassino e um autentico hino ao ridiculo, os planos dos crimes mal escolhidos, e nunca em momento algum a realização serve de suporto ao suposto terror provocado pelo filme.

O unico aspecto que funciona no filme e os efeitos sonoros natalicios, que acabam por transmitir algum tom morbido ao filme que realmente assusta nos parametros razoaveis, o unico ponto positivo de um filme.

No cast estamos recheados de actrizes emergentes do cinema juvenil, o protagonismo esta a cargo da bonequinha Cassidy, que brilhou com a sua grande imagem em Click, mas que aqui nao consegue fugir a todo o emarenhamento de ridiculo que o filme assume, é secundarizada pela princesa do gelo Trachtenberg, que desacelarou uma carreira que parecia ir para o bom caminho no cinema dedicado aos mais jovens, tudo o resto esta ao nivel do filme eou seja O mais baixo possivel.

Enfim em toda a linha um atentado ao espectador.


O melhor - os efeitos sonoros do filme, a unica coisa que assusta com legitimidade


O pior - AInda existir pessoas que alimentam estas obras despreziveis


Avaliação - F

Saturday, March 17, 2007


A Guide To Recognizing Your Saints



Historias de vida, são normalmente aperciadas pela critica mas quase despercebidas pelo publico. Talvez fosse o destino mais provavel deste filme, contudo a estranheza do titulo acabou por conduzir a que o filme tivesse algumas atençoes, apesar de nao ter conseguido uma distribuição total. O filme respeitado de alguma forma pela recepçao valorativa dos criticos, acabou por nao ser mais que um filme menor nas bilheteiras, mesmo que na sua fileira encontremos actores de primeiro plano como Downey Jr e Dawson.

O filme é um telefilme tipico, onde uma personagem precorre os anos da sua vida, num regresso apos longa ausencia, as memorias conduzem a uma analise de vida que terminam numa redenção. Estes tipo de filme constumam ter normalmente mensagens intensas cheias de metaforas significativas do ponto de vista emocional. Contudo e na força destes pontos que o filme falha, primeiro porque nao se assume como posiçao alguma relativamente ao problema que nos apresenta, ate em certo pontos nos parece defender valores inaceitaveis como violencia por violencia. Depois quase nao existe ligaçao da espectador com o drama presente da personagem, ja que os flashbacks ocupam quase 90 % de todo o filme, ou seja o que inicialmente seria algo como um drama interno, termina como uma historia de um gang embebido nos problemas que os rodeiam.

Outro problema do filme é a repetiçao de sequencias, sendo basicamente uma repetiçao de fios consecutivos semelhantes que acabam por certo ponto desesperar o espectador. Tem a seu favor a forma eficaz e simples como transmite a violencia gratuita e acima de tudo a capacidade de trasnmitir vazios de motivos na maior parte dos delinquentes. O filme esta longe de fugir da mediocridade e nem a etiqueta de independente normalmente por si só valorativa de certas obras consegue disfarçar as fraquezas naturais do filme.

O argumento peca por repetitivo quer no seu tema e construçao, mas também na forma como vai criando um ciclo narrativo demasiado interessado, ate ao atalho final. As personagens, parecem demasiado adultas na sua fase presente mas carecem de algumas dimensoes nos flash backs. Mesmo as relações sao extremamente extremizadas, entre ligaçoes profundas bem definidas e relações confusas.

A realização e simples, de um realizador que fez um filme para alvos especificos, e que demonstra toda a modestia do projecto, mesmo assim este factor dá-nos imagens pouco arrojadas, mas que acaba por ficam bem no resultado final do filme.

O cast demonstra um claro sub aproveitamento de materia prima, ja que DOwney Jr aparece apenas em poucos segmentos do filme, quando nos parece que a personagem tinha espaço e qualidades para nos oferecer um grande papel por um grande actor, mesmo a sua versao jovem interpretada por LaBeouf esta bem caracterizada, ja Weist e principalmente Pallmateri encontram-se com registos demasiado repetentes daqueles que ja efectuaram e marcaram a carreira de ambos. Por ultimo encontramos uma das revelaçoes da ultima temporada Tattum,, actor revelaçao de step Up, que nos parece poder resultar futuramente num actor de sucesso nos filmes de acçao musculada.

Enfim um filme pequeno que se nao fosse pela riqueza do cast seria nada mais que um telefilme.


O melhor - A capacidade que em certos momentos transmite vazios de mentalidades.


O pior - Mais uma historia de vida igual a tantas outras.


Avaliação - C

Friday, March 16, 2007


Blood and Chocolate.




A saga de Underworld efectuada com algum sucesso abriu a porta para historias sobre vampiros, lobos, lobisomens, e outros produtos sobrenaturais à algum tempo arredado das lides cinematigraficas. Este ano, os mesmos criadores optaram por nos trazer um filme sobre uma especie de lobisomens cediados algures em Bucareste em Plena Romenia. O filme inicialmente com uma boa campanha de Markting, foi um autentico floop de bilheteira sendo quase irreconhecivel da maioria das pessoas, neste particular deve ter pesado o facto do filme nao se assumir plenamente como um filme de terror juvenil, e por outro lado a falta de actores sonantes e reconhecidos do grande publico podem ter conduzido aos desastrosos resultados.

O filme conta-nos a historia de uma jovem Lobisomem, que se sente mal com a sua condição principalmente com o espirito caçador da sua familia, numa das suas diambulações encontra um jovem desenhador de comics, de que se apaixona, sabendo os problemas que a sua familia podem por a esta relação, ainda mais que a jovem esta prometida para o chefe da comunidade.

O que falta no filme é alguma evolução narrativa, a historia é aborrecidamente repetitiva, seguindo passos de manual, isto por um lado conduz a que o filme nunca consiga umtrapassar a mediocridade, que se salienta ainda no desinteresse natural por este tipo de filmes que sao limitados por natureza.

Contudo por outro lado conduz a uma simplicidade de mecanismos extremamente notoria, sem grandes desenvolvilmentos narrativas, e acima de tudo num filme pratico, que conduz a alguma indiferença do espectador incapaz de provocar grandes ódios.

O argumento do filme é fraquinho, limitando-se a florescer a ideia debil de uma forma natural, sem conseguir que o filme cresça de uma forma eficaz mas longe de que o filme pare de crescer. Limitado mais pela historia de base do que propriamente pela construçao que vai sendo efectuada.

A realização é arrojada, principalmente nas belas imagens que nos transmite de Bucareste, este aspecto e mesmo o aspecto mais valorizado do filme que se encontra enquadrado numa qualidade produtiva extremamente debelitada, as transformaçoes sao ridiculas, e os saltos das personagens parece retirados de movie maker de qualquer particular, contudo nos planos paisagisticos o filme é extremamente forte, com imagens fortes que acima de tudo está relacionado com a escolha de bucareste para abrigar este filme.

O cast recheado de actores desconhecidos, é mediocre, mas acima de tudo porque as personagens sao desinteressantes lineares, e com relações pouco estabelecidas, por vezes pouco mais que robots, sao, sendo gritante a falta de complexidade humana destes. Neste particular salienta-se pela negativa a prestação mais mediatica do filme, ou seja de Olivier Martinez, como Gabriel o lider dos Lobisomens, que mais uma vez nos brinda com uma fraquissima qualidade interpretativa.

Enfim um filme que vem de certeza confirmar que o genero não tem muitos adeptos por si só.


O melhor - O miticismo da escolha de bucareste para este tipo de filme.


O pior - Lobisomens, há 20 anos que ja foi explorado ao maximo este tipo de filmes



Avaliação - C-

Wednesday, March 14, 2007


Smockin Aces - Um Trunfo na Manga



Há dois anos atrás um completo desconhecido teve na linha da frente para pegar em MI3, um jovem realizador aclamado por um pequeno filme chamado "Narc" aparecia nas bocas do mundo, contudo meses mais tardes este abandonaria o projecto para se dedicar a um projecto mais pessoal, onde podesse evoluir mais como realizador e acima de tudo como autor. As expectativas eram elevadas para avaliar o sentido que a carreira ia tomar. Aos poucos CArnahan rodeou-se de actores conhecidos, e de alguns actores jovens mais conhecidos das suas aparições em comedias de adolescentes,a expectativa aumentava. POuco depois surgia a primeiras imagens, onde o exercicio e as marcas de autor pareciam estar visivel, a complexidade narrativa parecia estar presente, e as origens no cinema de Guy Ritchie eram mais que evidentes. As duvidas começaram a aparecer, este tipo de cinema é uma corda bamba onde a fornteira da aclamação e da negação e demasiado curta.

O filme estreava a meio gás, a critica dividiu-se completamente, entre aqueles que aplaudiam a rebeldia e a audacia do realizador, e aqueles que acharam um pleno absurdo uma ideotice pegada. O publico compareceu em numero moderado, e o filme rapidamente se esvaneceu das salas de cinema.

È obvio que se trata de um filme complicado, é objectivo do autor, marcar um estilo, exercitar o seu poder de realização, parece-nos mesmo prepositado, o Bodycount do filme. Contudo parece-nos que o filme é um absurdo narrativo, parece um ROyal RUbmble do SMack Down, onde começam todos contra todos e só ao fim todo o filme e narraçao ganha interesse e acima de tudo sentido, sendo os primeiros 70 minutos um confusao total de intençoes, de personagens e de ligações. O realiazador tenta na parte final redimir o seu erro com artimanhas narrativas, mas ja nao vai a tempo de apagar a mais de uma hora de um absurdo pegado, onde o filme navega ao sabor das cenas espetaculares e excentricas de acção, e que conduzem a que o espectador rapidamente se alheie das sequencias narrativas.

É obvio que estamos perante um autor rebelde, original com talento, mas também é obvio que Carahanan se excita com a sua loucura e embarca numa alucinação que perde o controlo, e por muito que no fim o filme tente de novo construir um rumo, este apenas acaba por ser o possivel e nao o ideal.

O filme é uma junção de assassinos, policias e demais em busca de uma pessoa, uns com o intuito de o proteger outros de o matar, todos se reunem num hotem e depois começa a batalha campal, com tiros, e mortes por todo o lado, ao som de uma conjugação sonora muito interessante e que dá uma lufada artistica muito interessante a todo o filme. Neste momento estamos perante um dos maiores absurdos cinematograficos. Fez-nos suspirar pela simplicidade narrativa de Crank.

No fim o filme vira por completo, e observamos a aparição de uma trama narrativa extremamente complexa, mas á qual o espectador ja se abstraiu por completo, sendo que as surpresas deixam de ser porque o espectador ja nem pensa nisso.

A realização é bem conseguido, demonstrando o cunho de autor e a audacia ja demosntrada em Narc, exagerando em demasia nos estilismos das imagens, mas parece-nos que este acaba por ser o objectivo egocentrico do filme, salientar as imagens retiradas pelo realizador.

O argumento é demasiado confuso, a tentativa de fazer paralelos na historia falha em grande escala, e a tentativa de emancipação do argumento das imagens na parte final é um fiasco total, parecendo-nos que o argumento apenas é equilibrado pelo facto de ser assumidamente um aspecto irrelevante em grande parte do filme.

O cast recheado de estrelas, Senao vejamos que Mathew Fox e Ben Alfeckt entram em pouco mais de 5 minutos, sendo as personagens centrais oferecidas a actores mais comuns, em filmes de menor dimensão, e normalmente pouco aclamados pelo publico e critica. E este é o aspecto mais valorativo do filme a capacidade de arriscar em nomes pouco valorizados do publico para assumir as personagens mais complexas. Assim vemos Jeremy Piven, Ryan Reynolds e Chris Pinn, assumir as personagens mais complexas do filme, surpreendendo em toda a linha com interpretaçoes de grande classe, que abrem carreiras ate ao momento extremamente escondidas.

ENfim um ensaio artistico ambiguo de alguem que perecisa de melhorar a sua capacidade narrativa antes de aperfeiçoar o ja brilhante aspecto visual das suas obras.


O melhor - Jeremy Piven e Ryan Reynolds a emanciapação dos actores da porta ao lado


O pior - O absurdo narrativo da primeira hora de filme


Avaliação - C+

Monday, March 12, 2007


Lives of Others




Foi quase naturalmente que a alemanha chegou ao Oscar de melhor filme estrangeiro este ano, culminando uma carreira e ascenção fulgurante de um cinema que nos ultimos anos deu-nos algumas das obras mais marcantes do cinema europeu. Talvez o filme que o acabe por ganhar nem merecesse, talvez nem seja o melhor dos ultimos tempos, principalmente se tivermos em conta o excelente Goodbye Lenine e Downfall. Mas o premio acaba por coroar toda a evolução de um cinema que acenta arraiais na sua propria historia moderna, sem conservadorismos e tabu, abre todos os seus podres, com filmes emocionalmente intensos e poderosos narrativos, normalmente com historias comuns enquadradas em contextos historicos riquissimos, sem grandes meios, mas acima de tudo sem os tiques rebeldes comuns na maioria do cinema europeu, Dai o louvor para o cinema germanico que esta a saber crescer com as suas limitações e nao empolgando-se em desafios artisticos que desrespeitam a essencia do cinema que e agradar os espectadores.

O filme foi um exito a todos os niveis, o Oscar por si so garantiu este exito, apesar de na minha opiniao estar longe de chegar ao nivel de Labirinto de Fauno, Lives of others, venceu por ser mais academico, mais elaborado para galardões, e mais tradicional e historico aspectos sempre valorizados neste premio especifico.

Assim como em Goddbye lenine somos transportados para a alemanha comunista, antes da queda do muro de Berlim, mais concretamente para as lutas entra a vertente artistica e a censura do governo, no filme observamos a investigação em torno de um argumentista, mais concretamente para o mundo das investigações da Segurança Nacional. Neste particular somos patenteados com descriçoes que poe em causa qualquer tentativa de privacidade. Sendo que a historia desenvolve-se em dois sentidos. por um lado a tentativa de suportar segurança de quem e vigiado, e por outro lado a impessoalidade e envolvimento de quem observa, num jogo quase do gato e do rato recheado de aspectos emocionais e sentimentais intensos.

Outro grande valor que se tem assumido nos filmes germanicos, e a tentativa de humanizar a historia, nao dando visoes lineares de acontecimentos e personagens complexas, valorizando as suas narrativas.

COntudo o filme peca por falta de ritmo, aos poucos o espectador e embalado por uma banda sonora algo fastidiosa, que auxiliado por um ritmo pausado da acção causa alguma sonolencia ao espectador, por outro lado o filme parece nao se desenvolver ao seu ritmo natural, perdendo-se em alguns lirismos escusados, e que apenas servem para prolongar abusivamente as cenas,

O argumento é contruido de uma forma muito coesa, partindo de componentes historicas para uma narrativa interessante construindo de uma forma habilidosa as personagens. O paralelismo das historias esta muito bem articulado ate ao climax final. Parece-nos que por vezes se torna dramatico em excesso que coloca alguma toada algo negativa no filme. Mas que nunca poe em causa a excelencia da historia~.

A realização do filme é extremamente simples, sem grandes riscos, nem alaridos, limitando-se a filmar calmamente a acção, talvez a qualidade do realizador nao desse para mais, mas o filme so ganharia com maior qualidade das imagens que transmite se fosse para alem do razoavel. ja que grandes filmes merecem grandes realizações

O cast´centrado exclusivamente em actores germanicos cumpre a sua tarefa, se bem que longe dos desempenhos de outros filmes alemaes como Bruno Ganz em DownFall, mesmo assim o filme e bem representante neste capitulo.

Embora nos pareça que o OScar e demasiado, e claramente um dos melhores filmes europeus do ano.


O melhor - A capacidade de humanizar uma historia descrita como desumana.


O pior - Determinados lirismos em demasia, leva a que o filme teja uma toada dramatica excessivamente negativa


Avaliação - B

Sunday, March 11, 2007


Norbit


Starring:
Eddie Murphy, Thandie Newton, Cuba Gooding Jr, Eddie Griffin, Terry Crews
Directed by:
Brian Robbins

Há muito tempo que a versão comedia de Eddie Murphy esta gasta desactualizada, e o que antigamente divertia multidões agora parece ridiculamente estupido aos olhos da maioria.
Mas mesmo assim Murphy ressurge depois de uma participação algo diferente em Dreamgirls e que por pouco nao terminava num Oscar da Academia. E foi talvez o pessimo teor critico deste Norbit que pode ter prejudicado este caminho, o facto de Norbit ter sido arrasado totalmente pela critica que o considerou um regresso ao seu pior momento, um reavivar de uma carreira nem sempre famosa, e que esta recheada de titulos de humor pessimos do ponto de vista artistico. Salvou Murphy o facto de normalmente este obter boas recepções de bilheteira principalmente quando usa as suas multifacetas para interpretar diversas personagens, com transformaçoes fisicas extremamente fortes.
O filme e claramente fraco, e na conjugação de todo o precurso extremamente parco em qualidade que Murphy fez nos ultimos dez anos, neste filme Murphy conta a historia de Norbit um "nerd" criado num orfanato que acaba por se render a força fisica de uma gigantisca mulher de quem e rapidamente escravizado com a colaboraçao dos seus irmaos, uns gigantescos personagens donos da cidade. Tudo muda quando aparece KAte o amor da infancia de Norbit, aos poucos e com uma serie de gags sem qualquer piada, normalmente utilizando a forma fisica das personagens interpretadas por Murphy para tentar atingir os seus objectivos comicos, mas que raramente sao cumpridos.
ALias as outras personagens sao todas tao artificiais, e sem qualquer tipo de dimensionalidade que parece que são meros servos dos desvaneios de Murphy. E é nisto que o filme vai completamente aos limites do razoavel, na forma como apenas serve um proposito. Tudo o resto e tao fraco, e limitado que pensava ja nao ser possivel regressar a este tipo de cinema
O argumento se é que ele existe é limitado sem piada, com gags muito pouco originais, e um conjunto de personagens irritantemente esteriotipadas, e com relações demasiado habitues. Num argumento de pouco custo, ao serviço do proposito de brilhar as multiplas facetas de Murphy.
A realização é demasiado linear, sem grandes riscos, nem grandes necessidades, tendo apenas algumas dificuldades nas sequencias com a personagem feminina, pela sua dimensão, e acima de tudo pelos diferentes planos que tentam salientar a sua dimensão espacial, mesmo neste aspecto por vezes temos a noção de figuras diferentes, sendo que em algumas sequencias cai em exagero, tb para servir os propositos da piada.
O cast esta todo centrado em Murphy que e como peixe na agua neste tipo de filme e papei, onde continua a reinar apesar de existir muitos pretendentes ao seu lugar, e se a sua qualidade e indiscutivel, pensamos que reunir actores de primeiroa linha para figurarem neste filme e um insulto as capacidades destes. Aqui estranha-se a toda a linha a presença de Newtton, que depois de ter reavivado com Crash, da o nome a uma personagem e filme tao limitados e pouco conceituados como este. E depois a presença de Cuba Junior que depois do Oscar concretizado tem nos ultimos anos descido ao abismo da sua carreira com papeis ridiculos, em comedias de qualidade extremamente discutivel. Podendo este caminho ser irreversivel no seu precurso.
Enfil um filme fraquissimo, que podera ter valido bom dinheiro a Murphy mas pode ter originado a perda de um Oscar

O melhor - As multifacetas de Murphy, sempre fantasticas.

O pior - As personagens ficam bem enquadradas se tiverem um argumento que as suporte... e nao sobrevivem por si proprias.

Avaliação - D+

Saturday, March 10, 2007


For Your Consideration




Dificilmente se encontrou um paralelismo tão grande entre o argumento de um filme e o proprio filme em si como se encontra neste For Your Consideration, um projecto pessoal e pequeno de Guest e Levy, sobre a ansidedade de uma industria de cinema obsessiva pelos galardoes e como essa publicidade por conduzir a que um filme recheado de nada possa ter as luzes da ribalta sobre si. Este pressuposto foi aquele que fez deste filme, recheado de elementos pouco abonatorios e um cast de reformados, entrar nas bocas do mundo, ja que o filme tornou-se realidade em si proprio, conseguindo uma distribuição Wide, inicialmente impenssavel, e entrar numa primeira fase na corrida pelos Oscares, contudo como tambem ocorre no filme, nao foi mais que publicidade expectativas, ja que no final o filme nao conseguiu mais que lutar. E provavelmente tudo voltara a ser como dantes para os intervenientes deste filme a maioria a procura de uma ultima chance na industria dificil de Hollywood.

A nivel critico o filme surpreendeu, principalmente porque hollywood sempre foi adepta de satira a ela propria, dai que esta recepçao serviu de impulso para uma campanha comercial satisfatoria tendo em conta as expectativas iniciais do filme.

O filme começa de forma algo confusa sem enunciar desde logo os seus propositos e objectivos, contudo no final o filme consegue se definir na plenitude daquilo que se propoe, nem sempre bem ligado e acima de tudo nem sempre bem interpretado, cai em alguns facilitismos de argumento, que nos parece algo descuidado e apenas ao seviço do pressuposto de base. Mesmo asism a critica e a satira estao estrategicamente montadas e desmontadas ao longo do filme,e teria sido no minimo ironico este filme fazer parte daquilo que mais tenta criticar.

O argumento do filme e extremamente simples mas parece servir na perfeição o filme, apesar de um exagero em determinadas partes, e algum absurdo principalmente nas entrevistas e programas de televisao criadas, cria hollywood como um culto do ego, onde todos se atropelam.

O climax poderia ter sido mais maduro, sem o toque relativo a personagem masculina mais jovem,que nos parece um exagero total de moralismo, que retira alguma realidade e generalizaçao ao filme.

A realização do Guest e simples, nao se preocupando em dar grandes planos, mas filmas as sequancias num ritmo suave que priveligiasse os dialogos e as interações egoistas das personagens, se no primeiro ponto Guest cumpre no segundo fica algo as desejar.

Quanto ao Cast recheado de actores de um nivel inferior de Hollywood, com algumas pontas de actores esquecidos, como O'hara que acaba por ser o ponto mais forte do filme. tendo uma interpretação incrivel e coencidencia ou nao tb aqui como a sua personagem o papel foi por diversas vezes referido para o oscar mas acabou por nao conseguir. Esperemos que O Hara nao caia na depressao da personagem pois parece-nos ser a unica com possibilidade de ter reavivado a carreira com este filme. Ja o restante elenco vem demonstrar a sua falta de qualidade justificativa de algum desprezo do cinema por eles, sendo este filme um ultimo grito de epiranga das suas vozes.

Enfim um filme revolta algo cinico que por um lado critica a dependencia da industria dos premios, mas surge com o intuito de estar presente nos mesmos.


O melhor - A satira e a forma diferente das 3 personagens vivenciar a desilusão.


O Pior - O cinismo inerente a todo o filme, satariza aquilo que esta por detras de todo o filme


Avaliação - B-

Friday, March 09, 2007


Ghost Rider



É pouco comum assistirmos a um blockbuster lançado numa fase tão precoce da temporada, ainda mais quando o adiamento sucessivo do filme parecia por em risco algum do sucesso comercial de uma das adaptações de comics mais esperadas pelos loucos pela BD.

Contudo estes fãs tiveram logo a primeira facada nas expectativas quando viram Mark Steven assumir a realização, depois de uma adaptação frustante de Daredevil, Mark Steven tinha um trabalho mais arduo nesta adaptação, bastante mais mediatica e com mais fãs. È certo que do ponto de vista de bilheteira Gohst Rider assumiu sem concorrencia a liderança do box office com um bom resultado gera, mas Mark Steven volta a desiludir critica que massacrou quase tudo no filme.

E o que é certo é que este Ghost Rider vai para o grupo das adaptações miseraveis que buscam dinheiro facil sem pontas de qualidade artisitica e narrativa, já anteriormente isto tinha sucedido, com o ja mencionado Daredevil, com o terceiro Blade e Punisher.

Apesar de assumir que a historia do filme seria dificil, necessitando de um grande crativo para resultar no grande ecra tarefa que nos parece demasiado elevada para Mark Steven.

O filme passa como um filme que começa com imagens pateticas da negociação com o diabo, uma das personagens mais ridiculas e mal contextualizadas do cinema actual. ALias a vertente sobrenatural do filme é de tal forma mediocre que provoca humor no expectador. As apariçoes do viloes, e as gargalhadas de ghost rider figuram nos aspectos mais pateticos do cinema actual.

Contudo o que mais preocupa no filme e a tentativa de dar o minimo ao guiao que se deve limitar a meia duzia de frases feitas e personagens mecanicas, onde neste particular se destaca as pessimas personagens de BlackHeart e Roxy.

O ponto positivo é que para os mais distraidos a realização algo rustica pode parecer como propositada e fidelidade ao livro e isso acaba por de alguma forma resultar se em que a mim me parece que se trata de uma clara incapacidade de fazer mais.

Alias o filme e uma decepção do ponto do vista de efeitos produtivos e de gradiosidade a este nivel, alias a propria transfiguração de Ghost rider nos parece limitada, com particular destaque

o circo de fogo que o rodeia, ja nos secundarios isso parece mais facilmente contornado.

O argumento e de tal forma limitado que pensamos que foi um aspecto extremamente preterido no filme, as linhas narrativas sao as habituais nos filmes menores do genero, toda a construção de personagens e relação sao extremamente debeis e superficiais, mesmo a moral do proprio ghost rider esta extremamente diluida na fraqueza do filme. A tentativa de humor do filme quase que nao resulta, apenas funcionando pela patetice extrema de determinadas personagens.

A realização de MArk Steven está em clara decrescimo de qualidade quando comparada com DAredevil, e demonstra que o realizador esta longe quer de Nolan, Raimi e Singer, limitando se a planos mais longos tentando dar enfoque a aspectos extremamente comuns no cinema actual. PAra alem disso mais uma vez demonstra incapacidade de fazer uma adaptação de comics resultas.

O cast acaba por ser algo ambiguo, se nos parece que a opção de Cage é extremamente bem efectuada, o actor acaba por ser dos aspectos mais positivos do filme, com perfil e carisma para o papel, se bem que nos tem estranhado ultimamante o envolvimento de Cage em filmes tão fracos como este e o anterior Wicker Man, demonstrando necessitar de uma urgente revisao de carreira. Ja Mendes, Bentley e Fonda encontram-se a um nivel pessimo alias na primeira é evidente as suas limitações interpretativas que a ligam normalmente a personagens futeis, ja Bentley depois de alguma desacelaração de carreira aparece aqui como um vilao de 3 classe, ja Peter FOnda estas apariçoes nunca poderão contribuir para uma carreira de altos e baixos.

Enfim um blockbuster à antiga ou seja, meios, publicidade e um filme muito muito fraco


O melhor - ALguns momntos de realização rustica que acaba por ir bem na tradiçao dos comics.


O pior - A falta de qualidade global do filme, nem o maior adepto da serie de BD fica entusiasmando com um filme tao limitado


Avaliação - D+

Wednesday, March 07, 2007


Pan's Labyrinth - Labirinto de Fauno




Poucos filmes nos ultimos anos conseguiram uma unanimidade critica total, alias fazia anos que nao se via, criticos entregarem-se tanto a um filme como o que aconteceu no final deste ano a quando do lançamento deste Labirinto de Fauno. A curiosidade começou a crescer, um pequeno filme mexicano, produzido fora do solo americano, aparecia com uma produção de fazer inveja aos grandes estudios e acima de tudo parecia acertar em cheio na historia. Rapidamente este filme tornou-se num dos fenomenos do ano, capaz de vencer nas categorias tecnicas tipicamente americanas dos Oscares, e ainda conseguir um resultado de bilheteira brilhante para um filme produzido no Mexico, estava sucesso garantido. E parece-nos mesmo que falhou as nomeações principais porque poderia por em causa o orgulho americano.

Há alguns anos que nao conseguiamos ver um filme tão completo como este Labirinto de Fauno, que consegue reunir conteudo historico relevante (a situação politica franquista espanhola) com um mundo fantastico paralelo, de nivel extraordinario so ao alcance de mestres. O risco era enorme, e apesar de Del toro ter conseguido boas recepções em Filmes de super herois normalmente repudiados, ninguem estava preparado para um filme tao forte, maduro e recheado de apontamentos de qualidade.

A historia leva-nos ate ofelia uma criança que se ve obrigada a ir viver para o campo junto do seu padrasto e da sua mae gravida, neste contexto Ofelia tem contacto com uma realidade paralela, rechada de magia e creaturas magicas, ai desenvolve-se um paralelo muito bem efectuado entre estas duas historias, numa coesao que parecia muito dificil de se conseguir.

O filme conduz para o seu climax num ritmo esplendido e sempre com uma forte componente visual e narrativo.

O filme consegue uma dualidade interessantissima, enquanto que a parte fantasiosa parece retirado de um conto de fadas, a parte humana e historica e transmitida com uma frieza e crueldade brutal tipica nos filmes mais realistas. Alias o realismo e dos pontos mais marcantes do filme que e auxiliado por uma produçao explendida.

O argumento do filme e poetico, coeso e brilhante completando uma grau de simplicidade com uma originalidade contagiante, numa das obras mais fortes do ano neste particular. ALias Del toro provo que com simplicidade se pode fazer filmes para toda a gente simples, sem querer parecer vanguardista... enfim um luxo e uma perola do cinema moderno.

A realização de Del toro, demonstra todos os pregaminhos ja apresentados nos seus titulos anteiores, conseguindo uma realização e uma produção ao melhor nivel que se encontra em Hollywood, dai nao surpreender os premios ganhos pelo filme em todas as componentes tecnicas. Del toro tb abrilhanta o filme com a sua realização.

O cast recheado de actores hispanicos, onde se salientam a Maribel Verdu, conhecida pelo seu papel em Y tu e mama tambien, mesmo assim parece-nos que acaba por ser dos pontos mais debeis do filme, nao que estes estejam mal interpretados, mas porque nao acompanham todo o brilhantismo te tudo o resto do filme. Alias parece-nos que a personagem da menor Ofelia poderia ter sido mais bem interpretada, talvez por uma actriz que apresenta-se mais carisma.

Enfim um titulo para historia que demonstra que o cinema ainda tem magia e perolas, mesmo fora da sua meca.


O melhor - A magia e a beleza do filme


O pior - O tempo, nunca 2 horas foram tão curtas.


Avaliação - A-

Monday, March 05, 2007


The Marine




A nova remontada da WWF para as bocas do mundo e para um seguimento fanatico dos seus adeptos está a contagiar não so as lutas mundiais mas tb esta a criar articulações no mundo da musica e no cinema.
Assim a produtora do WWf tem aproveitado para colocar os seus lutadoresinterpretes no mundo do cinema lançando titulos para os mais mediaticos, de forma a rentabilizar cada vez mais os seus produtos e as suas estrelas. Tudo começou o ano passado com o COlecionador de Olhos, onde Kane interpretava um perigoso psicopata. POuco tempo depois surge este The Marine, com um dos maiores idolos actuais da wwf, JOhn Cena. O filme conseguiu reunir algum espectadores maioritariamente os fãs do espectaculo da WWF, contudo tal como o seu antecessor foi chumbado maioritariamente pelo consenso critico.

A historia é simples um ex marine, tenta aos poucos restabelecer a sua vida, depois de ter sido suspenso da sua funçao militar, numa viagem tem um encontro imediato com um grupo de bandidos, assassinos que raptam a sua mulher e depois vai em busca dela. Ou seja a historia tipica de "comando", alias o filme´deve ter o mesmo argumento so alterando alguma ligação entre as personagens. ALias poe-se mesmo em duvida se existe ligação entre as personagens, ja que todo o filme decorre segundo uma ligação muito fraca e acima de tudo com sequencias tão activas como ridiculas.

O filme é no seu competo geral fraquinho, certo que nao tenta introduzir nada de novo, pouco arriscando no seu guiao e fio narrativo, mas mesmo no genero de acção nao deixa de se contagiar pelos titulos mais debeis do genero colando-se extremamente a estes.

Se a nivel produtivo notamos algumas evoluções principalmente na forma Sci Fi com que o filme e realizado e em alguma audacia de certas sequencias, certo é que o argumento do filme é um autentico hino ao pouco trabalho, limitando-se a fazer filmes musculados mas com pouco conteudo..

O argumento do filme e inexistente, com um fio narrativo comum, o filme esta orfão de sentido, emoção e densidade das personagens, que nao passam de "lutadores de wrestling" prontos para a acção. Também de referir algumas sequencias de acção que primar pelo ridiculo com que são montadas.

A realização acaba por ser o aspecto mais revolucionario do filme, adoptando tiques dos filmes de acção mais independentes, o filme acaba por cumprir e deixar algumas boas indicações a este nível, mas quando tudo é fraco este ponto pouco ou nada pode servir para o filme.

O cast é recheado de amadorismo, e encontra-se ao serviço de um proposito e nao do filme. Cena parece um boneco de cera sem expressões, e sem qualquer tipo de jeito para a interpretação, depois todos os secundarios seguem os seus passos, neste parametro de salientar a falta de qualidade das escolhas ultimas de Robert Patrick que depois de ter brilhando em Terminator 2, vai colecionando prestações em filmes mediocres como estes.

Enfim mais um folhetim de propaganda a wwf, com o nivel baixissimo do programa em si.


O melhor - Alguns apontamentos de realização interessantes num filme tão debil


O pior - Quantos filmes vamos ter de ver com actores que nao o sao como este?


Avaliação - C-

Sunday, March 04, 2007


We are The Marshall




Os filmes sobre desportos, produzidos nos estados Unidos têm sempre os mesmos ingredientes, sentimento, capacidade de enterter e acima de tudo coração, baseando-se normalmente em historias reais servem para homenagear os feitos realizados ao longo da historia. Este tipo de filmes já conta com uma larga tradiçao nos EUA mas nos ultimos ano assiste-se a uma grande dificuldade deste tipo de filme poliferar para os circuitos internacionais, mesmo que se tratem de grandes sucessos domesticos.

Contudo estas obras adquirem mais entusiasmo quando nos são trazidas por realizadores populares ja que normalmente espera-se obras com mais cunho de autor e com fasquias produtivas mais ambiciosas.

Era o caso deste titulo, ja que apesar de MgC ser um realizador aperciado, o facto de ser responsavel pela serie Charlies Angel aumentava expectativas principalmente na dimensão activa e movimentada do filme.

We are MArshalls tentou-se intormeter na luta de final de ano sempre complicada, e apesar de resultados brilhantes o filme acabou por ter receitas razoaveis, apesar de algum distanciamento critico.

Desta vez o desporto em causa é o Futebol Americano, onde depois da morte de uma equipa universitaria num desastre de avião um jovem treinador tenta pegar nas cinzas e recontruir uma equipa, o objectivo é apenas vencer um jogo, com a ajuda de um presidente corajoso, e de um treinador assistente em fase de recuperação de choque o filme decorre nas linhas tipicas do genero sem grandes alterações. O desastre inicial conduz a discursos sentimentalistas que se traduzem em resultados.

E a falta de introdução de objectos novos acaba por ser o mair negativo e preocupante do filme, a falta de inovação num titulo semelhante a todos os outros. Nas dimensoes tipicas deste tipo de filmes MGC opta por dar mais sentimentalismo do que acção, as explosões emocionais sao a vertente mais exploradas do filme, ao contrario da acção que se limita ao suficiente nao explorando o realizador cenas de jogo fortes.

POde no fim ser considerado demasiado lamechas, e repetitivo, o filme é, mas isso acaba por dar ao filme um ritmo narrativo interessante e um objecto cinematografico que cumpre a sua principal tarefa enterter e homenagear.

O argumento do filme vai na linha do que habitualmente se vê no genero, com a coesao narrativa tipica, mas com a falta de originalidade e de pontos novos , que projudicam a originalidade de um titulo limitado a este ponto. Mesmo assim o filme consegue ter uma dinamica narrativa extremamente sentimentalista que atinge os principios emocionais que o propoe.

A nivel de realização e apesar de MGC nao ser ainda um realizador de primeira linha, esperava-se mais, talvez porque se trate de um realizador de filmes de acção e grandes produções, esperava-se mais risco e riqueza das sequencias de jogo, que nos parecem demasiado porbres e limitadas.

Quanto ao cast de salientar a aposta em actores mais conhecidos pelo seu carisma do que pela sua capacidade interpretativa. Os actores encontram-se dentro do seu registo habitual, principalmente McCaunaghey. JA Fox parece-nos interessante a sua tentativa de passar para a grande tela, embora nos pareça que essa tarefa sera extremamente dificil pelo facto de estar extremamente ligado a sua personagem, em Lost. Parecendo sempre ser Jack e nao Net que esta no filme.

Enfim mais uma homenagem desportiva, num filme que da previlegio ao sentimento.


O melhor - O coração forte do filme.


O pior - As sequencias de jogo demasiado pobres para este nivel


Avaliação - B-

Saturday, March 03, 2007


Alpha Dog




Depois de The Notebook, muitas pessoas esperavam por perceber a continuação que Cassavetes poderia dar a sua carreira marcada sempre por alguma polemica e acima de tudo por alguma controversia. Mais expectativas ficaram, depois de uma pre produção onde Cassavetes preteriu estrelas e apostou em jovens de segundo plano no panorama cinematografico, secundarizados por estrelas em baixo de forma como Sharon Stone e Bruce Willis.

O filme talvez por esse defice de nomes teve algumas dificuldades de distribuição, tendo a sua data de estreia sido adiada quase por um ano. Também foi tema para isto alguma polemica do filme que trata de problemas de gangs e uma escalada de confronto que acaba com um crime violentissimo.

O filme finalmente estreou este ano, e apesar de a critica ter sido maioritariamente positiva, o publico alheou-se de alguma forma do filme, facto que ja se previa depois dos constantes adiamentos do filme.

O filme fala-nos de negocios obscuros, numa sociedade alta mas com grandes problemas e falta de identidade, e tras-nos duas facções por um lado um grupo organizado liderado pela personagem de Hirsch, e por outro um jovem toxicodependente que deve dinheiro a esta gang, para contrariar e pressionar o pagamento estes raptam o irmao mais novo, o caso agudiza-se judicialmente e eis que como que por efeito bola de neve as coisas vão ficando cada vez pior.

O grande ponto do filme foi ter se centrado numa historia veridica interessante, onde se observa e analisa a falta de maturidade dos jovens envolvidos em gang e a escalada que isso pode conduzir, e os perigos que isso acarreta. A possibilidade destes terem acesso a armas, drogas e se organizarem am autenticas maquinas criminais.

O mal do filme para alem, de alguma tuada demasiado suave do seu guiao e da intensidade emocional do mesmo, é a linguagem extremamente pesada e desajustada do filme recheado de palavroes, e de muidos sem qualquer tipo de convicções.

O argumento apesar extremamente compacto parece-nos que poderia fazer um filme mais adulto e menos adolescente, talvez se Cassavetes quisesse mesmo chocar, mas prefere se aproximar dos adolescentes, acentuando vicios menores, como droga, quando o filme aborda problematicas bem mais complicadas. A opçao e legitima mas discutivel.

A realização de Cassavetes esta longe de deslumbrar um realizador com este curriculo tem de demosntrar mais poder nas imagens que nos transmite e nao se limite a filmar o obvio. Neste plano o filme nao consegue passar da mediania e exige-se bastante mais a um realizador como este.

O cast é de extremos, se Ben Foster explode no ecra numa interpretação brilhante, por outro lado encontramos um gang recheado de actores pouco experientes e de qualidade duvidosa.

Timberlake, apesar de demonstrar vontade de arriscar em papeis mais dificeis, parece-nos ainda algo inexperiente apesar das melhorias serem visiveis. MAs acima de tudo Hirch, um actor que nao consegue sair de um plano secundario em Hollywood mesmo sendo aposta recorrente, parece-nos obvia a colagem a Di Caprio, que de alguma forma podera ser fruto de algumas semelhanças fisicas evidentes. Mesmo assim parece obsessivo a forma como ele tenta transmitir todos os tiques e expressoes de di caprio, mas sem o carima e a dinamica deste, assim provavelmente acabara por nunca evoluir numa carreira que ja foi mais promissora.

Um filme moralista que devera ser encarado como uma boa pedagogia para jovens.


O melhor - O caracter moral de um filme que poe o dedo na frida dos gansg por esse mundo fora.


O pior - Hirch, cola demaisado a di caprio... impressionante


Avaliação - C+