Friday, February 17, 2017

20 Th Century Women

Um filme sobre mulheres em diversas fases, assim foi apresentado este filme que rapidamente encontrou uma boa receção critica nos diferentes festivais onde foi sendo visualizado o que conduziu a que o filme passasse a constar na lista de possíveis oscarizaveis pese embora no final da corrida apenas o argumento tenha obtido a nomeação. Em termos comerciais o resultado foi o possível num filme claramente com uma vertenta independente para minorias, mas que ao mesmo tempo figurou durante o periodo inicial nas listas de possiveis candidatos aos oscares.
Sobre o filme a expetiativa que eu tinha sobre o mesmo era a de um filme que se debruçasse sobre a força e conquistas das mulheres num período onde os seus direitos ainda eram recentes. Contudo o filme não vai por esse caminho, conduzido muito por escolhas de personagens que mais que mulheres são pessoas invulgares, o que coloca o filme num patamar demasiado paralelo com alguma generalidade ou filosofia que o filme poderia assumir. Este facto faz que a experiência cinematografia tenha bons momentos quer em termos de argumento e realização, mas que no geral nos pareça pouco.
A opção por um filme demasiado intlectual e pouco cru, tentando enquadrar uma relação ambigua de um adolescente com as mulheres da sua vida em diferentes prespetivas acaba por não ter grande repercussão no espetador, tirando ao filme uma dimensão e um significado que poderia ter caso quisesse ser mais unanime, mais filmado para o grande publico.
O problema maior do filme é a sua aplicação global, ou seja, parece que um filme que a determinada altura e mesmo encontrado um espaço interessante e um tema capaz acaba por se preocupar mais em ser diferente do que ser forte narrativa e emocionalmente. Isto sem no entanto nunca deixar de sublinhar que se trata de um filme com bons momentos nos diversos aspetos que compoem o filme.
A historia fala de um adolescente e a relação que vai criando com uma progenitora com uma estratégia de ensino invulgar, com uma hospede de sua casa que lhe dará a amizade, e com o seu grande amor que apenas o vê como melhor amigo.
No arguemento o aspeto mais premiado do filme, podemos dizer que a historia de base tem objetivos fortes que nem sempre são concretizados porque o filme tenta ser mais literario, mais diferenciado do que forte, do que fazer sublinhar uma mensagem global. neste aspeto pesa personagens demasiado excentricas que permitem bons dialogos mas que tem dificuldade em fazer passar uma ideia forte.
Mike Mills tem aqui um trabalho mais arrojado do que os seus anteriores, quer pelo tradicionalismo da realização mas mais que isso pela forma como tenta dar alguma assinatura em alguns momentos. Nao me parece tão eficaz na definição temporal e espacial do filme, e em grande na escolha e definição dos momentos para utilizar banda sonora.
No cast muitos pensaram que Benning conseguiria aqui o oscar que lhe foi fugindo ao longo da carreira. O papel é intenso mas penso que sofre pela personagem ser demasiado afastada do publico não criando empatia com o mesmo. Nos secundarios Fanning e Grewing acabam por ser mais do mesmo nas suas carreiras.

O melhor - Alguns dialogos

O pior - A diferenciação por si só das personagens

Avaliação - C+

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