Friday, March 03, 2017

Collateral Beauty

Collateral Beauty foi apresentado logo no inicio do ano como um dos filmes como ambições de prémios, principalmente pelo excelente elenco reunido e mais que isso pela formula de emoções ganharem vida num filme positivo em momentos de natal. Após as primeiras visualizações percebeu-se que criticamente o resultado foi absolutamente destastroso com avaliações muito negativas, o que o tornou de uma forma clara em termos criticos um dos grandes floops do ano. Em termos comericias e contagiado pelas avaliações as coisas também não correram pelo melhor com resultados modestos principalmente tendo em conta o naipe de actores que o filme conseguiu reunir.
Sobre o filme em si, eu penso que a intenção do filme até é original, numa mensagem positiva, o problema e claramente a forma como o resultado é concretizado e o facto do filme em grande parte da sua duração ser um total vazio de ideias, conjugando lugares comuns de uma forma previsivel e sequencias interminaveis da personagem central sozinha, para demonstrar a sua tristeza. A grosso modo, expremido o resultado do filme temos muito pouco para além de uma ideia ambiciosa que poderia resultar mas que na essência nunca o consegue fazer.
E porque é que não consegue fazer, pois bem o filme nunca dá primazia as interações da personagem central com os diferentes vetores do filme, acabando por o dividir com outras personagens o que reduz a presença a duas ou tres cenas o que é muito pouco para o filme, que parece que a determinado momento desiste de ir mais longe e acaba por atalhar para um final previsivel, que até pode funcionar com algum impacto mas surge a ideia que vem demasiado cedo e que na realidade pouco se passou até la, para alem de um exagero de sequencias do protagonista em bicicleta e de dominos a ruir.
Para um filme com este cast o resultado final teria obviamente de ser muito mais forte, o filme teria de ter muito mais conteudo e o resultado ser completamente diferente. Não poderia ser apenas um filme de historias multiplas mal desenvolvidas com a força de um filme de matine. Sem muito se perceber porque parece termos aqui um filme que se perde, e parece desistir muito de si à imagem da personagem.
A historia fala de um empresário extrovertido que apos a morte da filha por cancro acaba por ficar depressivo e sem qualquer reação. Com a ajuda de três colaboradores o mesmo vai começar a interagir com três vetores distintos, o amor, o tempo e a morte, que acabaram por estar ligado a qualquer um dos colaboradores.
O argumento tem uma premissa original e que bem potenciada num bom argumento poderia resultar com alguma diferença e impacto, o problema e que o filme não consegue criar essa intensidade, esse conteudo quer nas personagens quer no desenvolvimento da narrativa resultando em tudo demasiado pobre.
Na realização e num filme nem sempre muito trabalhado sob o ponto de vista das personagens e dos seus movimentos, e na cidade de Nova Iorque que o realizador consegue no ponto de vista estetico potenciar mais o filme, com bons momentos, bem realizador coloridos dando ao filme o que melhor nova iorque tem, contudo e insuficiente para fazer o filme resultar noutros aspetos. Frankel é um realizador de filmes familiares normalmente com algum resultado mas neste caso as coisas não funcionaram.
Do ponto de vista de cast, deve ser um dos melhores elencos que há memoria, sendo todo ele mal aproveitado em personagens vazias pouco exigentes. Apenas no fim Will Smith tem alguns bons momentos de intensidade dramatica, mas quando o filme neste ponto de vista já não tem grande resolução.

O melhor – A forma como alguns planos de Nova iorque nos são dados

O pior – Ter os melhores condimentos do mundo e fazer uma sandes sem grande sabor


Avaliação - C-

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