Friday, November 03, 2017

Crash Pad

Kevin Tent é o habitual editor dos filmes de Alexander Payne razão pela qual tem no seu historial colaboraçoes com algumas das comecias melhores recebidas pela critica. Depois de algumas tentativas sem grande significado, tentou este ano lançar-se a solo, nesta comedia fisica, sobre relaçoes amorosas. Os resultados criticos tiveram longe de ser brilhantes com avaliações medianas com tendência negativa. Em termos comerciais  a curta distribuição do filme não lhe permitiu qualquer tipo de resultado significativo.
SObre o filme eu desde logo tenho alguma aversão a comedias estritamente fisicas, ou que dependem muito das caretas do seu protagonista. POis bem este é um filme que tenta ser exatamente isto, com um Gleeson com uma carreira sustentada e que me parece superior a um papel jocoso e muitas vezes absurdo a todos os niveis como o que que preenche este filme.
Outro dos problemas claros do filme trata-se por um lado de ser demasiado simples num humor familiar, e por outro lado nunca ter na verdade graça na maior parte das sequencias. A historia de base acaba por ser previsivel, e ja vista em muitas outras comedias. Mas mais que isso parece que o filme em determinadas pontas soltas tenta ter uma rebeldia que lhe poderia dar uma roupagem mais significativa mas que o filme nunca consegue ter.
Por tudo isto parece-me obvio que este pequeno filme é daqueles que no futuro poucos vao conhecer quando perceberem as carreiras dos seus protagonistas. Muitas vezes o facilitismo de uma comedia tradicional por si só é limitado no alcance, já que nos parece que este é o tipo de filme que mereceia mais rebeldia a todos os niveis, mas principalmente num humor frouxo que utiliza.
A historia fala de um jovem que procura o amor, mas de uma forma nada conseguida, que acaba por começar a conviver com o marido de uma mulher com quem teve uma aventura amorosa, na qual ele vai tentar a ser mais convicto e o seu companheiro mais sensivel.
Em termos de argumento a historia e basica e previsivel, sendo o filme demasiado dependente do humor que utiliza. Parece-me que aqui o filme deveria ser mais rebelde, arriscar num humor menos tradicional e muitas vezes fisico e trazer algo de novo, ja que na maior parte das vezes as graças nao funcionam.
Na realizaçao e nao colocando de lado a qualidade deste realizador enquanto editor aqui tem um desempenho mediocre, basico nos seus elementos, o que para alguem que trabalha ha diversos anos com Alexander Payne deveria aqui constar algo mais significativo.
No cast Gleeson e um actor interessante, mas que neste filme e um disparate autentico, nao funciona em nenhum momento. Os momentos comicos tornam-se penosos num exercicio de caretas e maneirismos sem sentido de um actor fora de filme. Mais confortaveis por ser mais o seu genero de filmes Hadden Church e Appelgate.

O melhor - Não é daqueles filmes que tenta ir mais longo do que a sua profundidade

O pior - Gleeson

Avaliação - C-

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