Thursday, November 09, 2017

Ingrid Goes West

Sundance tornou-se nos ultimos anos uma montra para novos cineastas mostrarem de uma forma clara os seus projetos mais intimistas, e dai tem nascido uma nova geração de realizadores e mais que isso de argumentistas de primeira linha. Este ano no premio do publico para melhor argumento ganhou este pequeno filme sobre as amizades nas redes sociais. Muito por fruto deste argumento a critica foi positiva para com o filme, que acabou por conseguir uma estreia limitada em alguns cinemas que não lhe premitiram grandes ganhos comerciais.
Sobre o filme, muito do que é Sundance, ou pelo menos o lado melhor de Sundance esta neste filme, ou seja a rebeldia das personagens sustentadas em promenores deliciosos, um tema actual satirizado até ao maximo, uma geração de novos actores com intensidade dramatica, e um filme ligeiro mas de grande significado que merecia mais atenção mediatica.
ALias este filme tem diversas potencialidades que me parece de assinalar, o tema e a ida ao limite do mesmo que o filme consegue, tornando-se sufocante naquilo que pode ser o Stalking por redes sociais, um problema tao actual e que ate ao momento o cinema ainda não tinha dado devida atenção-. Mas se este tema acaba por ser bem tratado na forma como o filme o expoem, a mais valia do filme acaba por ser os promenores e excentricidades de cada personagens que tornam a cereja no topo de um bolo competente com apenas um problema.
E esse problema sao os ultimos cinco minutos, com uma moratoria bem assumida, e com um dilema moral resolvido o filme decide no final acrescentar um paragrafo, que pese embora tambem tenha valor satirico acaba por tirar algum impacto do que nos vimos ate então. E sabido a forma como normalmente o cinema independente não se liga ao finais felizes mas aqui foi precisamente ao contrario e o filme nao necessitava disso.
O historia fala de uma jovem isolada que sonha ser a melhor amiga de alguem, momento em que começa a seguir nas redes sociais uma jovem blogger de grande sucesso online de quem se aproxima, mas esta relação inicialmente agradavel torna-se numa obsessao doentia.
EM termos de argumento e na construçao da historia, e na forma como aborda o tema muito competente e atual. Mesmo a nivel de especificidades de personagens o filme trabalha e acaba por ser bem construido. Pena é os ultimos cinco minutos completamente desnecessarios.
Na realizaçao Matt SPicer e um completo desconhecido que tem aqui um trabalho competente sem grande artificio ou vertente criativa, deixando o protagonismo mas o argumento em si que acaba por ser a mais valia de todo o filme.
NO cast a escolha de PLazza, a sempre estranha actriz de comedias independentes torna-se fundamental para o sucesso do filme. E uma composiçao fantastica, uma entrega total de um papel que lhe da destaque para o futuro, pois o filme depende da sua Ingrid e a composiçao e brilhante. NOs restantes tudo funciona com algum sublinhado para a excentrica composiçao de Magnnssen para o seu estranho Nicky.

O melhor - O argumento em 95% da sua duração.

O pior - O desnecessário final.

Avaliação - B

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